Saúde e Bem Estar – Vinho reservado e reserva: conheça as diferenças
Amplamente usado nos vinhos chilenos, os termos reservado e reserva têm diferenças no tempo de amadurecimento; entenda e saiba também como ler rótulos
Na América do Sul, especialmente entre os vinhos chilenos, argentinos e uruguaios, os termos reservado e reserva são constantemente encontrados nos rótulos. Para dar dicas sobre tudo que você precisa saber na hora de ler estes rótulos, vamos apresentar as diferenças entre estes dois tipos de vinhos e outras curiosidades.
Essa classificação é muito importante, porque a gente está falando de quanto tempo o vinho amadurece, tanto em barrica, quanto em garrafa, antes de ele ser comercializado.
O que é um vinho reservado?
“É um termo que é amplamente usado nos vinhos chilenos, mas já está nos rótulos argentinos e uruguaios. Reservado é um termo que foi criado pela indústria massiva chilena, até para confundir um pouco a cabeça do consumidor. Ele fica na dúvida entre o reservado e o reserva. O reservado é um vinho mais simples, normalmente mais massivo”, comenta Patrícia Brentzel.
O que são os vinhos reserva?
O vinho reserva sugere uma passagem pela barrica de carvalho, mas ele tem uma qualidade superior de uva e vinificação ao reservado. “O reserva é algo bem confuso, porque, nestes países – Chile, Uruguai e Argentina – não existe uma legislação que regula a utilização da palavra reserva como existe na Espanha. O que existe na cabeça dos consumidores é que sempre estes vinhos passam por barrica. Mas não necessariamente a gente pode falar de tempo, como a gente fala na Espanha, que é obrigatório tanto tempo. Então, tem vinhos que passam mais, tem vinhos que passam menos”, explica Patrícia.
Qual a diferença dos vinhos da América do Sul para os da Espanha?
O vinho Reserva espanhol deve envelhecer pelo menos três anos, sendo dois em barrica de carvalho e um em garrafa, isso para os tintos. Para os brancos, o amadurecimento total é de dois anos. O Gran Reserva espanhol só é elaborado a partir de safras que são consideradas extraordinárias, acima da média. O tempo de envelhecimento é de pelo menos 5 anos, sendo, minimamente um ano e meio em carvalho e o restante em garrafa, para o caso dos tintos. Os brancos e rosés, 4 anos, sendo 6 meses em barrica de carvalho.
Dicas básicas para ler os rótulos
Veja o ano em que o vinho foi produzido
A safra é superimportante. Se for um vinho barato você não vai querer nada muito antigo, os vinhos mais simples são feitos para serem bebidos jovens, ou seja, de safras recentes.
Teor alcoólico não é tudo
Tem gente que considera bobagem, outros acham que quanto mais alcoólico, melhor o vinho. O que é importante é o equilíbrio. No inverno, ou para uma comida mais pesada, um tinto com 14% não parece uma loucura, mas o importante é o equilíbrio.
Pesquise sobre a produção
Importante checar o produtor. Isso vai te ajudar a saber como o vinho é feito, que estilo você vai encontrar na garrafa, então, é legal pesquisar. Isso vale tanto para o novo, como para o velho mundo. E você vai criando um repertório de estilos.
Nem tudo que é bonito é bom
Obviamente que existem profissionais especializados que fazem rótulos para deixar a gente apaixonado, mas nunca leve em consideração que o que está dentro de uma garrafa bonita é o que você vai gostar.
A qualidade não está na garrafa
A garrafa pesada com um furinho profundo não quer dizer nada. Garrafa pesada é pouco ecológica, tem uma pegada de carbono muito maior. Isso é uma das questões que os produtores têm mais discutido, o peso da garrafa.
Dica de harmonização
Como harmonizar arroz carreteiro com vinho?
“Estamos falando de carnes que sobraram de um churrasco, de carnes que têm gordura, até de linguiça. Temos arroz, tempero verde, pode ter tomate. Eu recomendaria comer o arroz carreteiro com um tinto que seja médio, nem muito neutro, nem muito potente. Pensei aqui em um tempranillo jovem. E, se for um italiano, um chianti”, indica a sommelière.
“Tenho uma dica mais doida, não tão leve, mas que dá uma sensação boa porque tem carbonatação. Um espumante de tannat. É um vinho muito bom para feijoada, para limpar gordura, se tiver gordura, ele vai limpar tudo”, recomenda Isabelle.
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Fonte: Globo.com