Saques acontecem por diversos locais e cidades
inundada pela enchente do Guaíba, Arena do Grêmio é saqueada; Arroio do Meio tem lojas saqueadas e assassinato em meio a resgates
A Arena do Grêmio, em Porto Alegre, foi saqueada na manhã deste domingo, como revela um vídeo que circula nas redes sociais. As imagens mostram uma das portas das lojas do estádio sendo arrombada e saqueada por um grupo de pessoas. A administração do clube afirmou que ainda não é possível mensurar o prejuízo.
A Arena foi considerada um ponto vulnerável pelas autoridades e foi evacuada na sexta-feira. O estádio do tricolor gaúcho foi um dos locais afetados pelas elevação do nível do rio Guaíba, causada pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, responsáveis por 75 mortes e 103 desaparecidos em razão dos temporais em todo o estado.
A Conmebol adiou os jogos de Grêmio e Internacional, pela Libertadores e Copa Sul-Americana, respectivamente, que aconteceriam na próxima semana. As duas equipes atuariam fora de casa, mas a estrutura de treinamento dos clubes foi atingida pelas chuvas.
Destruída pela terceira vez por enchente desde setembro, Arroio do Meio é abalada, desta vez, também pela desordem civil. Cidade do Vale do Taquari está isolada desde quarta-feira (1º)
Destruída pela terceira vez por enchente desde setembro, Arroio do Meio é abalada, desta vez, também pela desordem civil. No município do Vale do Taquari, lojas e mercados foram saqueados. Um homicídio foi registrado na Rua Coberta, no Centro, em frente a dezenas de pessoas que estão abrigadas.
A cena é narrada por moradores como “absurda”. A vítima teria sido ferida com golpes de espeto no pescoço e depois foi morto a facadas, a poucos metros de onde a Defesa Civil desembarcava pessoas resgatadas com barco.
Segundo relatos de testemunhas, o corpo chegou a ser arremessado nas águas, mas foi removido por outras pessoas e ficou estirado ao chão. Em outro bairro, um homem foi baleado e está internado em Lajeado após conseguir transferência por helicóptero.
O assassinato ocorreu logo após estabelecimento comerciais serem saqueados. Em um bazar, apenas flores de plástico não foram levadas. Caixas de brinquedos vazias estavam espalhadas pelo chão, assim como cabides sem roupa.
Na frente de uma loja, garrafas de espumante vazias estavam espalhadas. Duas motos de funcionárias foram furtadas.
— Davam risada, diziam “que moto forte”. Estouravam champanhe e tomavam banho. Esse que morreu dava risada antes — disse o motorista Darlei Berté, que ajudava na limpeza da loja. No mesmo local, havia ainda o estoque removido de um mercado em Cruzeiro do Sul, que foi inundado mais cedo. Tudo foi levado.
Há ainda relatos de mais lojas atacadas pelo centro. Roupas e calçados foram levados.
— Onde a água não chegou, as pessoas saquearam — sinalizou Berté.
Fonte: GZH e Globo.com
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