Reconstruir-RS – Sirenes da Esperança: Ação Distribui Brinquedos em Igrejinha
IGREJINHA/RS – Em maio de 2024, uma grande enchente assolou o Rio Grande do Sul, atingindo também o município de Igrejinha. Dos 34 mil habitantes, mais de 25 mil pessoas foram diretamente afetadas pelas cheias do Rio Paranhana.
Na noite da enchente, as sirenes dos Bombeiros Voluntários de Igrejinha soaram como um alarme, acordando a população e alertando para que deixassem suas casas, pois as águas estavam invadindo as ruas. O som das sirenes, que antes significava segurança e socorro, passou a gerar medo e apreensão em cada cidadão.
As crianças, que perderam tudo em suas residências, viram seus brinquedos desaparecerem, tornando um momento já trágico ainda mais doloroso. Para essas crianças, a perda dos brinquedos foi a perda de um pedaço da infância, um golpe profundo em um momento de vulnerabilidade.
Comovidos pela situação e com o desejo de trazer um pouco de alegria e esperança, na manhã deste sábado (15/06/2024), o Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, em parceria com o Grupo Escoteiro Igrejinha, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha (COMUDICA), promoveram a distribuição de brinquedos pelas ruas da cidade.
Os brinquedos foram arrecadados em uma campanha solidária organizada pelas entidades. Após uma reunião do COMUDICA em maio, a mobilização teve início, envolvendo a comunidade que, com generosidade e espírito de solidariedade, doou brinquedos novos e usados para as crianças afetadas.
Os voluntários, movidos pela compaixão e pelo desejo de transformar o som das sirenes em um símbolo de esperança, levaram sorrisos e alegria às crianças. Cada brinquedo entregue foi uma pequena luz em meio à escuridão que a enchente trouxe, um gesto que ressignificou o que antes era apenas um som de alerta.
Para Graciano Ronnau, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Igrejinha, essa ação não só proporcionou um alívio momentâneo, mas também renovou a fé na solidariedade e na capacidade da comunidade de se unir em tempos de crise. “As sirenes, desta vez, não anunciavam perigo, mas sim a chegada da esperança, a materialização de que, juntos, é possível reconstruir não só casas, mas também sonhos e infâncias”.
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Texto por: Eduardo Pereira da Silva
Fotos e vídeos: Eduardo Pereira da Silva
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