Polônia tem ajuda da Otan para derrubar drones russos e denuncia “provocação em larga escala”

País fechará sua fronteira com Belarus a partir de quinta-feira e iniciará manobras militares em seu território
A Polônia e seus aliados denunciaram uma “provocação sem precedentes” após drones russos invadirem o espaço aéreo polonês na madrugada desta quarta-feira (10). A incursão, que ocorreu durante um ataque russo à Ucrânia, levou a Otan a mobilizar suas defesas antiaéreas. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, confirmou que não houve vítimas, mas que três dos mais de 10 “objetos hostis” foram abatidos pelas forças polonesas e da Otan, com o apoio de caças F-35 dos Países Baixos.
Varsóvia convocou o encarregado de negócios russo, Andrei Ordash, para prestar esclarecimentos e solicitou a ativação do artigo 4 do tratado da Otan. O diplomata russo, no entanto, afirmou à agência RIA Novosti que a Polônia ainda não apresentou evidências de que os drones vieram da Rússia.
Tensão na fronteira e exercícios militares
O incidente paralisou o aeroporto Chopin, de Varsóvia, e outros três aeroportos menores, em um momento de alta tensão na região. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, classificou a incursão como “deliberada”. O evento ocorreu poucos dias antes dos exercícios militares conjuntos entre Rússia e Belarus, chamados Zapad-2025, programados para 12 a 16 de setembro.
Em resposta, a Polônia anunciou o fechamento de sua fronteira com Belarus a partir de quinta-feira e iniciará manobras militares em seu território com a participação de 30 mil soldados do país e de nações aliadas.
Reações de aliados e contexto do conflito
As reações dos aliados da Polônia foram rápidas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu que a UE defenderá “cada centímetro quadrado” de seu território. O presidente francês, Emmanuel Macron, instou a Rússia a abandonar o que chamou de “comportamento imprudente”.
A Polônia tem sido um aliado fundamental da Ucrânia, servindo como ponto de trânsito para ajuda humanitária e militar e abrigando mais de um milhão de refugiados. O recém-eleito presidente nacionalista polonês, Karol Nawrocki, alertou que o presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a “invadir outros países” após a guerra na Ucrânia. A incursão desta semana não é a primeira; em 2023, um míssil russo já havia sobrevoado o espaço aéreo polonês.
Com informações do Correio do Povo
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