Polícia Federal suspeita que sindicato deirmão de Lula desviou aposentadorias doINSS para empresas de fachada.


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Investigação aponta repasses a empresa de fachada e familiares; defesa nega irregularidades e diz que comprovará lisura

O que aconteceu

A Polícia Federal (PF) colheu indícios de que o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi) desviou recursos de aposentadorias e pensões do INSS para uma empresa de fachada e para familiares de dirigentes. Segundo a investigação, o sindicato — que realizava cadastros de aposentados e descontos automáticos em benefícios — recebeu R$ 389 milhões por meio desses abatimentos entre 2021 e 2025.

Medidas judiciais

Com base nas informações apresentadas, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF na semana passada. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de bloqueio de bens contra o Sindnapi, seu atual presidente Milton Baptista e outros diretores. O bloqueio determinado chega a R$ 389 milhões. Outras duas entidades associativas também foram alvo da operação.

O que diz a PF

Em relatório, a PF afirma que o “modus operandi” com o dinheiro dos descontos supostamente fraudados envolveu pessoas físicas e jurídicas, com diversas transferências bancárias que indicariam ocultação e dissimulação da origem, movimentação e propriedade dos valores, configurando lavagem de dinheiro.

Tramitação do caso

O pedido de busca e apreensão foi apresentado pela PF em junho. O processo foi remetido ao STF e, após permanecer sob a relatoria do ministro Dias Toffoli, passou a André Mendonça, que deu prosseguimento ao pedido. Antes de decidir, o ministro solicitou manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que concordou com a PF, apontando “encadeamento de transações” do núcleo diretivo do sindicato a empresas de fachada e parentes de dirigentes.

Quem é quem

O Sindnapi tem entre seus dirigentes José Ferreira da Silva (Frei Chico), irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não é citado na investigação da PF nem foi alvo de medidas, pois os fatos apurados até o momento se restringem à gestão anterior do sindicato.

Posição do Sindnapi

Procurado, o sindicato não se manifestou nesta etapa. Em nota divulgada na semana passada, a defesa negou irregularidades nos descontos e expressou “absoluto repúdio e indignação” às alegações de prática de delitos ou descontos indevidos. Afirmou ainda que o Sindnapi “comprovará a lisura e legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados”.

Próximos passos

A PF segue com a análise de documentos e movimentações financeiras apreendidos para detalhar a participação de pessoas e entidades e verificar eventual responsabilidade penal. A defesa do sindicato diz que apresentará provas de regularidade nos autos.

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