Operação do GAECO/MPRS busca coibir ameaças a policiais penais e ingresso de drogas e celulares em casas prisionais de Rosário do Sul e Uruguaiana


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) realizou nesta terça-feira, 8 de julho, a Operação Vis Legis, que significa a força da lei. Foram cumpridos mandados de busca na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU) e no Presídio Estadual de Rosário do Sul, na Fronteira Oeste do Estado. O objetivo foi coibir ameaças a policiais penais, mas também o ingresso de drogas e celulares nas duas casas prisionais.

A operação é coordenada pelos promotores de Justiça Rogério Meirelles Caldas e João Afonso Beltrame, responsáveis pelo 9º Núcleo Regional do GAECO – Campanha, e contou com o apoio da Brigada Militar e do Grupo de Ações Especiais (GAES) da Polícia Penal. Uma outra medida adotada foi a transferência de quatro apenados de Uruguaiana – envolvidos nas ameaças – para outro presídio gaúcho, que não está tendo o nome divulgado por questões de segurança. Os promotores disseram ainda que as buscas ocorreram para dar continuidade a uma investigação que tem duas frentes. Uma delas é justamente estancar as ameaças e a outra é referente ao tráfico de entorpecentes, ingresso de ilícitos nas cadeias, associação criminosa e até mesmo ordens dadas de dentro dos estabelecimentos prisionais para a realização de vários delitos nos dois municípios.

“Com o material apreendido, vamos apurar mais fatos sobre as ameaças, por exemplo, se há mais presos que tenham participado destes delitos. Mas também vamos verificar como celulares e drogas têm ingressado nas casas prisionais, bem como, encontrar e responsabilizar os envolvidos”, ressaltou Rogério Meirelles Caldas. Para João Afonso Beltrame, “a penitenciária de Uruguaiana, para se ter uma ideia, tem scanner corporal e rede de proteção para impedir o ingresso de objetos ilícitos. Esta prática indevida e reiterada precisa ser coibida”.

Em relação a celulares, em todo o ano passado, foram apreendidos 268 na penitenciária de Uruguaiana e, neste ano, até maio, 189 telefones, além de facas artesanais, chips, carregadores, cabos e drogas.

Também participaram da ofensiva desta terça-feira os promotores de Justiça André Dal Molin, coordenador do GAECO no Rio Grande do Sul, Maura Lelis Guimarães Goulart e Anderson Marcelo de Araújo, de Rosário do Sul; além de 134 policiais penais, 40 agentes do GAECO e nove PMs.

AMEAÇAS

As ameaças de morte à direção e a demais policiais penais do presídio de Rosário do Sul iniciaram logo após transferências de presos ligados diretamente a fatos criminosos no interior da cadeia. Em março de 2023, houve uma briga e disparos de arma de integrantes de um grupo criminoso contra outro rival. Um preso morreu.

Em fevereiro de 2024, houve uma rebelião no estabelecimento prisional. Na ocasião, os apenados contestavam regras do local sobre visita íntima. Nove presos ficaram feridos. A Polícia Penal decidiu que quatro presos ligados diretamente aos fatos fossem encaminhados para a penitenciária de Uruguaiana, mas, mesmo assim, as ameaças continuaram. O resultado desta apuração, em específico, foi a nova transferência dos apenados nesta terça-feira durante a Operação Vis Legis.

Fonte: MPRS

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