Nativoos Esportes – Dívida do Inter tem recorde histórico e chega a R$ 860 milhões


Dirigente citam enchente e valorização do grupo como justificativas para a elevação do passivo, que asfixia o clube e impede novos investimentos

Apesar das reiteradas promessas de redução, a verdade é que a dívida do Inter está em uma curva ascendente e, no último ano, deu um salto, aumentando em cerca de R$ 160 milhões e chegando a um recorde de R$ 860 milhões, valor que já é encarado como impagável no atual contexto. O problema é considerado o mais grave e urgente do clube, pois drena recursos que poderiam ser usados em outras áreas, como no futebol, para o pagamento de juros. E, ainda assim, o passivo cresce, estrangulando as finanças, impedindo novos investimentos e esquentando o debate em torno da transformação do clube em uma SAF no futuro próximo.

Em 2024, o Inter apresentou um déficit de R$ 34,4 milhões e um aumento dos gastos com futebol, cujas despesas subiram de R$ 287,5 milhões em 2023 para R$ 404,4 milhões em 2024. Ou seja, houve um aumento de 39% de um ano para outro, evidenciado pela contratação, na temporada passada, de jogadores mais caros, com salários mais altos.

De acordo com a gestão, por outro lado, o déficit em 2024 foi consequência dos prejuízos causados pelas enchentes de maio, que chegaram, de acordo com cálculos do próprio clube, a R$ 90 milhões. O que salvou as contas foi a venda de jogadores, que colocou R$ 258,3 milhões nos cofres neste mesmo período, um recorde absoluto e histórico. Mesmo assim, o Conselho Deliberativo, reunido no final de abril, aprovou as contas de 2024.

“Com o prejuízo das enchentes, investimentos realizados, capital de giro e elevada taxa Selic em 2024, a dívida do clube realmente se elevou”, admite o diretor executivo de finanças do Inter, Aldoir Pinzkoski Filho. Ele ressalta, por outro lado, que houve um “aumento dos nossos ativos na comparação com o mesmo período do ano anterior”. Pinzkoski também lembra que os investimentos realizados no ano passado valorizaram o grupo de jogadores: “Comparando dados públicos do Transfermarkt, a valorização do nosso elenco foi de R$ 425 milhões para R$ 595 milhões em um ano, ou seja, um aumento de R$ 170 milhões, como contrapartida de parte do aumento do nosso endividamento”.

Fonte: Correio do Povo

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