Mundo – Flórida registra 27 tornados e tem 3 milhões sem luz após passagem do furacão Milton
Fenômeno provocou temporais e inundações
Ainda que tenha descido de categoria, de três para um, o furacão Milton provocou diversos estragos na Flórida, nos Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira. Segundo meteorologistas consultados pela rede de notícias norte-americana CNN, o estado registrou 27 tornados, um dos efeitos do fenômeno. Além disso, mas de 3 milhões de locais ficaram sem energia elétrica. Ainda não há notícias de mortos, mas apenas de dano material.
O furacão Milton tocou o solo na noite dessa quarta na Flórida como um furacão “extremamente perigoso” de categoria 3. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos divulgou às 20h30 pelo horário local, 21h30min pelo horário de Brasília, que o olho do furacão tocou o solo perto de Siesta Key, no condado de Sarasota.
Conforme a CNN, o olho do furacão Milton passou pela reagião de Tampa Bay e seguiu para Orlando e para o Cabo Canaveral. Em seguida, continuou sua trajetória para fora da península da Flórida, saindo da costa americana.
Durante a noite foram registados ventos extremos de até 165 km/h, segundo dados do NHC, que alertou para riscos de inundações, que foram confirmadas. O presidente americano, Joe Biden, previu na quarta-feira que Milton poderia ser “a pior tempestade na Flórida em um século”.
Pouco antes de Milton chegar ao continente, o governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu aos habitantes do estado que “ficassem dentro de casa e longe das estradas”. Os aeroportos de Tampa e Sarasota estão fechados até novo aviso.
Mesmo assim, a tempestade fez estragos por onde passou. No condado de Palm Beach, diversos moradores foram resgatados de destroços de casas e estabelecimentos. Algumas pessoas ficaram presas sob carros que foram virados pela força dos ventos.
Equipes dos serviços de emergências receberam chamados a partir das 5h (horário local) e encontraram veículos virados e movidos, além de diversas casas destruídas em Palm Beach.
Apreensão na Flórida
Por onde Milton passou, os moradores confinaram-se antecipadamente, em suas residências ou em centros autorizados. Antes da tempestade chegar a Tampa, Randy Prior, 36 anos, estava “nervoso”. “Ainda estamos nos recuperando do furacão Helene, que deixou o solo encharcado”, disse.
Em outra cidade grande, Fort Myers, Debbie Edwards, que decidiu não sair, observou que todos estavam “ansiosos”. “É como se a síndrome de estresse pós-traumático tivesse se instalado” após outro furacão devastador, o Ian, há dois anos.
Milton mostra sua fúria apenas duas semanas após outro grande furacão, Helene, devastar a Flórida e outros estados do sudeste, deixando pelo menos 236 mortos. No México, o Helene causou pequenos danos à costa, mas deixou dezenas de pescadores à deriva.
A Flórida, terceiro estado mais populoso do país e destino turístico frequente, está acostumada com furacões.
Segundo os cientistas, a mudança climática desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, porque as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor d’água, o que dá mais energia às tempestades e intensifica os seus ventos.
As chuvas e ventos provocados pelo furacão Helene foram 10% mais intensos devido à mudança climática, segundo um estudo publicado na quarta-feira pela World Weather Attribution (WWA).
Fonte: Correio do Povo
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