Ministério da Saúde orienta vacina bivalente contra Covid-19 à população acima de 18 anos

Secretaria Estadual de Saúde (SES) discutirá adesão no Rio Grande do Sul nesta terça-feira | Foto: Guilherme Almeida/Reprodução TV Nativoos

Secretaria Estadual de Saúde (SES) discutirá adesão no Rio Grande do Sul nesta terça-feira

O Ministério da Saúde recomendou a ampliação da vacinação com a dose bivalente contra a Covid-19 para toda a população acima de 18 anos. Conforme a pasta, o objetivo é reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país. Cerca de 97 milhões de brasileiros podem procurar as unidades de saúde nesta etapa, que faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) discutirá, nesta terça-feira, adesão no Estado com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems). 

A orientação vale para quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) como esquema primário ou como dose de reforço, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose. Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso, também pode procurar as unidades de saúde.

“Eu quero conclamar a união de todos pelo nosso Movimento Nacional pela Vacinação. É um movimento do Ministério da Saúde, dos estados, dos municípios e de toda a sociedade civil. A ciência voltou e precisamos retomar a confiança da população nas vacinas, é uma missão de todos nós”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Entenda o que são as vacinas bivalentes contra a Covid-19

munizantes da Pfizer foram elaborados para oferecer uma proteção extra contra a ômicron e as suas subvariantes. Ministério da Saúde divulgou plano de vacinação para 2023.

  • Desde o início da pandemia, o coronavírus vem sofrendo mutações (o que é normal).
  • Atualmente, a variante que domina o mundo é a ômicron, que é bem diferente do vírus original.
  • As primeiras vacinas usadas no combate à pandemia, também chamadas de “monovalentes”, fornecem menos proteção frente à variante dominante.
  • Ainda assim, as vacinas monovalentes continuam sendo eficazes contra casos graves, óbitos e hospitalizações.

Para quem as vacinas bivalentes são indicadas? A Anvisa aprovou o imunizante para a população a partir de 12 anos de idade.

  • Elas são indicadas como dose de reforço e devem ser aplicadas a partir de três meses após a série primária de vacina ou reforço anterior.
  • Receberá o reforço com a bivalente quem já tiver concluído o esquema vacinal de duas doses com a vacina monovalente.

As vacinas bivalentes já estão disponíveis no Brasil? Sim e farão parte do plano de vacinação de 2023 divulgado pelo Ministério da Saúde.

  • O imunizante bivalente da Pfizer começará a ser usado no Brasil a partir de 27 de fevereiro.
  • O Ministério da Saúde informou que grupos mais expostos ao risco da doença, como idosos e profissionais de saúde, serão os primeiros a serem vacinados.
  • Vale lembrar que as vacinas bivalentes da Pfizer têm a tampa de cor cinza, enquanto a monovalente tem a tampa roxa.

Risco de ter trombose após vacina contra Covid-19 é mínimo, diz estudo

Pesquisa derruba alegações antivacina, ressaltando a importância de se vacinar para evitar possíveis complicações da infecção pelo coronavírus

Contrair Covid-19 traz um risco significativo de desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Já a chance de ter esses aglomerados de sangue, ou até mesmo trombose após a vacina contra a doença, é extremamente baixa. É o que mostra um estudo publicado em 1º de fevereiro no periódico Journal of Clinical and Translational Science.

A pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, derruba alegações antivacina, ressaltando a importância de se vacinar para evitar possíveis complicações da infecção pelo coronavírus.

O estudo avaliou dados de veteranos de guerra de 45 anos ou mais do Departamento de Vigilância Nacional de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos. As informações foram coletadas entre 1º de janeiro de 2020 (pouco antes da detecção da Covid-19 nos EUA) até 6 de março de 2022.

Os dados incluíram 855.686 veteranos que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e um grupo de controle não vacinado de 321.676 participantes. Os cientistas avaliaram o risco de tromboembolismo venoso (TEV) considerando idade, raça, sexo, índice de massa corporal e outros fatores.

De acordo com a pesquisa, os participantes vacinados tiveram uma taxa de TEV de 1,3755 por 1.000 pessoas — o que está a apenas 0,1% acima da taxa apresentada entre os participantes não vacinados (1,3741 por 1.000 pessoas). Ou seja, o risco de trombose acrescentado pela vacinação foi de cerca de 1,4 casos por cada milhão de pacientes vacinados, o que é considerado trivial pelos pesquisadores.

Segundo Peter L. Elkin, MD , primeiro autor do artigo, a taxa de TEV em casos de Covid-19 é várias ordens de magnitude maior do que o risco mínimo representado pela vacinação. “Nosso estudo reforça a segurança e a importância de se manter atualizado com as vacinas contra Covid-19”, ele destaca.

Elkin explica que o leve aumento de risco de trombose em pessoas vacinadas pode ser atribuído à Trombocitopenia Trombótica Imune Induzida por Vacina (VITT), uma resposta imune que resulta em menos plaquetas, que são malformadas e mais pegajosas.

Apesar disso, o risco de trombose pela própria Covid-19 continua sendo maior do que o da vacina. Para o pesquisador, o estudo é um “exemplo de como a informática biomédica está respondendo a importantes questões clínicas, que podem ajudar as pessoas a reconhecer os benefícios da vacinação”.

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