Lição de empatia: Trote do Bem aproxima novos estudantes de Medicina e crianças em tratamento oncológico


Calouros de Medicina da UPF participaram da iniciativa, realizada no Espaço Lúdico da Oncologia Pediátrica do HSVP

A entrada no curso de Medicina gera muita alegria e expectativa por parte dos estudantes, que aguardam ansiosos para ter o primeiro contato com os pacientes. Na Universidade de Passo Fundo (UPF), o Trote do Bem marca o início dessa trajetória já nos primeiros dias de aula, por meio de um gesto de empatia e solidariedade.

Uma tradição na Universidade, a iniciativa promovida pela Associação Atlética Acadêmica Gaúchos de Passo Fundo (AAAGPF) da Escola de Medicina da UPF, transportou os estudantes, nesta quarta-feira, 1º de março, para o Espaço Lúdico da Oncologia Pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), onde as crianças em tratamento quimioterápico  rasparam os cabelos dos alunos e cortaram os cabelos das alunas, que serão doados para a confecção de perucas a pacientes oncológicos.

Neste ano, dez novos ingressantes participaram da ação, que ocorre desde 2018. “O Trote do Bem se difere dos trotes tradicionais, pois buscamos proporcionar um momento de fuga e alívio para os pacientes pediátricos da oncologia e marcar o início da caminhada dos calouros no curso de Medicina, tendo esse primeiro contato com o ambiente hospitalar”, afirma o presidente da AAAGPF e acadêmico do oitavo nível de Medicina, Luis Henrique Zahner.

“Proporcionar um sorriso faz uma diferença enorme”

O estudante do primeiro nível Gabriel Reck Brentano teve seu cabelo raspado pelo Enzo, um menino de três anos que está em tratamento contra a leucemia e que se divertiu bastante ao interagir com os estudantes. “Fiquei muito feliz e emocionado de participar. O Enzo é uma criança muito querida e estava todo feliz e sorridente fazendo o corte. Câncer é uma doença muito difícil, então poder proporcionar um sorriso a uma pessoa faz uma diferença enorme, foi uma ótima experiência”, conta o acadêmico.

Para o oncologista pediátrico do HSVP, Pablo Santiago, além de um momento de celebração e boas-vindas aos novos acadêmicos, a ação gera mais leveza à rotina de tratamento das crianças. “Essa aproximação entre os pacientes e os estudantes que estão ingressando na faculdade transforma a rotina de tratamento em um momento leve e divertido, tocando ambos os lados com essa ação de raspar a cabeça, vinda de crianças que também tiveram que perder o cabelo para fazer o tratamento e ainda estabelece na cabeça dos estudantes a necessidade da empatia, da proximidade com os pacientes, como se fosse um primeiro batismo deles, com relação ao que serão depois como profissionais”, destaca o médico.

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