Lacen já analisou quase 1,7 mil casos suspeitos de leptospirose
Entre os dias 2 de maio e 6 de junho, o Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) já analisou 1.679 casos suspeitos de leptospirose, uma das doenças que mais preocupa as autoridades sanitárias no período posterior as enchentes que atingiram o Estado em maio. O Lacen confirmou, nesse período, 242 casos da doença sendo 15 deles óbitos.
O laboratório dispõe de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR) e diagnóstico sorológico. O RT-PCR detecta a bactéria (por meio de seu material genético) presente no organismo do paciente e é opção para análise de amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas. Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.
Por meio do RT-PCR foram realizadas 543 análises, enquanto pelo diagnóstico sorológico foram 1.136 análises. Para orientar os serviços de saúde foi elaborada uma nota técnica com recomendações para coleta, acondicionamento e transporte de amostras para diagnóstico de leptospirose.
Definição de suspeito e investigação
A nota define como caso suspeito o indivíduo que apresenta febre e mialgia, especialmente na região lombar e panturrilha, e que teve contato com água ou lama da inundação no período de até 30 dias anteriores ao início dos sintomas. Ao apresentar sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco, não sendo necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento.
A investigação laboratorial de casos suspeitos de leptospirose será complementada por exames diferenciais para garantir a elucidação do caso e a investigação dos óbitos. A pesquisa de dengue será realizada para todas as amostras suspeitas de leptospirose, coletadas do 7º ao 14º dia de sintomas.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de também por meio de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.
Fonte: Divulgação/Lacen/SES-RS
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