Governo dos EUA condena prisão domiciliar de Bolsonaro e promete “punições” a quem auxiliar Moraes

Departamento de Estado divulgou nota em que voltou a pressionar por liberação do ex-presidente
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, responsável pelas relações externas com o Itamaraty no Brasil, condenou na noite desta segunda-feira a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), imposta pelo ministro Alexandre de Moraes. Uma nota oficial da pasta do governo Donald Trump prometeu “punições a quem auxiliar ou incentivar o ministro a continuar nessa direção”.
Em nota publicada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental se referiu a Moraes como “violador de direitos humanos” e disse que ele coloca restrições à capacidade de Bolsonaro se defender em público. “O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar”, diz o comunicado.
“Os Estados Unidos condenam a decisão de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou incentivarem a conduta sancionada”, finaliza o texto.
Na semana passada, o ministro foi incluído pelo governo de Donald Trump na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. Moraes foi a primeira autoridade de um país democrático a receber a punição, que bloqueia bens e contas nos EUA e o impede de entrar no país norte-americano.
Trump já havia revogado o visto de Moraes, de outros sete ministros do STF e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, como retaliação à decisão que obrigou Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica.
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