EUA – Trump é considerado culpado em julgamento sobre fraude e suborno a atriz pornô
Apesar de os jurados terem decidido que Trump é culpado pelos 34 crimes, a pena ainda será determinada pelo juiz Juan Merchan, o que deve acontecer nos próximos dias.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA, foi considerado culpado, nesta quinta-feira (30), no julgamento sobre a acusação de ter escondido contabilmente o pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels na reta final das eleições de 2016. Naquele ano, ele derrotou a rival Hillary Clinton.
Apesar de os jurados terem decidido que Trump é culpado, a pena ainda será determinada pelo juiz Juan Merchan, o que deve acontecer nos próximos dias.
Trump foi julgado e condenado por 34 crimes que são considerados leves no estado de Nova York, da categoria mais branda, a classe E. As penas previstas são de, no máximo, 4 anos.
Este é um processo histórico, já que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos Estados Unidos. Ao chegar ao tribunal de Manhattan nesta quinta, Trump, de 77 anos, chamou mais uma vez o juiz Juan Merchan, que preside o julgamento, de “corrupto”.
“Só quero dizer que é um dia muito triste para os Estados Unidos (…). Tudo está fraudado”, acrescentou o magnata.
A identidade dos membros do júri, formado por sete homens e cinco mulheres, foram mantidas em segredo para protegê-los de tensões políticas.
Nesta quinta, todos se retiraram da sala para deliberar a portas fechadas com suas anotações e um computador que possui acesso às evidências do caso.
Após algumas horas de trabalho, pediram para ouvir novamente trechos dos depoimentos de dois protagonistas do caso, o ex-editor de um tabloide próximo de Trump, David Pecker, e o ex-advogado e homem de confiança do ex-presidente, que é agora seu principal acusador, Michael Cohen.
Seus testemunhos abordam, em particular, uma reunião que tiveram com o magnata em agosto de 2015 na Trump Tower, em Nova York, onde elaboraram um plano para evitar qualquer possível escândalo que afetasse o futuro candidato à Casa Branca, mesmo que envolvesse pagamentos em troca do silêncio.
Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos (2017-2021), é acusado de falsificar documentos contábeis de seu império Trump Organization para esconder um pagamento de US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels em troca de seu silêncio sobre um suposto encontro sexual que tiveram em 2006.
Os promotores afirmam que a fraude tinha como objetivo evitar que os eleitores de 2016 soubessem de seu comportamento.
Não há limite de tempo para as deliberações, mas é necessário um veredicto unânime para absolvê-lo ou condená-lo. Caso um dos jurados não concorde com os demais, o processo é declarado nulo e um novo julgamento deverá ser realizado.
“Bom senso”
Nos seus argumentos finais na terça-feira, a equipe de defesa de Trump insistiu que as provas para uma condenação simplesmente não existem, enquanto a acusação respondeu que são volumosas e inevitáveis.
“A intenção de fraudar do réu não poderia ser mais clara”, disse o promotor Joshua Steinglass, instando os jurados a recorrerem ao “bom senso” e devolverem um veredicto de culpa.
Trump, forçado a comparecer a todas as audiências, usou as suas aparições para espalhar a sua afirmação de que o julgamento é uma manobra democrata para mantê-lo fora da campanha.
As pesquisas mostram que o republicano está lado a lado com o presidente Joe Biden, e o veredicto intensificará ainda mais a corrida pela Casa Branca.
Além do caso de Nova York, o magnata foi acusado em Washington e na Geórgia de conspiração para anular os resultados das eleições de 2020. Ele também enfrenta acusações na Flórida por ter levado enormes quantidades de documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca.
No entanto, o caso de Nova York é o único que provavelmente será julgado antes do dia das eleições.
Fonte: Jornal Correio do Povo
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