Esquema bilionário do PCC: operação mira 41 pessoas físicas e bloqueia 21 fundos de investimentos


Operação Carbono Oculto impediu a infiltração da facção na economia formal do País

megaoperação da Polícia Federal (PF) contra a tentativa do PCC de ingressar na economia formal do Brasil mirou 41 pessoas físicas e bloqueou 21 fundos de investimentos. Seis pessoas foram presas, mas, segundo as autoridades, há alvos importantes que são considerados foragidos.

Conforme o diretor da PF, Andrei Rodrigues, 255 pessoas jurídicas estariam envolvidas no esquema bilionário da facção criminosa. Mais de R$ 300 mil em espécie foram apreendidos assim como 141 veículos. Além disso, a Receita Federal decretou o sequestro de 192 imóveis e de duas embarcações usadas por integrantes da organização.

Inimigos comuns

De acordo com as autoridades, a operação Carbono Oculto se comunicou com outras duas ofensivas, chamadas de Quasar e Tank. O enlace das ações se deu por conta dos alvos serem os mesmos. A investigação começou ainda em 2023, mas descobriu crimes que datam de 2020 e se estenderam até 2024.

A Operação Quasar teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituições financeiras. A investigação identificou um esquema que utilizava fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita, com indícios de ligação com facções criminosas.

A estrutura criminosa operava por meio de múltiplas camadas societárias e financeiras, nas quais fundos de investimento detinham participação em outros fundos ou empresas. Essa teia complexa dificultava a identificação dos verdadeiros beneficiários e tinha como principal finalidade a blindagem patrimonial e a ocultação da origem dos recursos.

Já a ofensiva chamada de Tank teve como foco o desmantelamento de uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no Paraná. O grupo criminoso atuava desde 2019 e é suspeito de ter lavado pelo menos R$ 600 milhões, movimentando mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede composta por centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.

A estrutura criminosa utilizava diversas táticas para ocultar a origem dos recursos, como depósitos fracionados em espécie (que ultrapassaram R$ 594 milhões), uso de “laranjas”, transações cruzadas, repasses sem lastro fiscal, fraudes contábeis e simulação de aquisição de bens e serviços. Além disso, o grupo é suspeito de se valer de brechas no Sistema Financeiro Nacional para realizar transações de forma anônima por meio de instituições de pagamento.

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