Economia – Com espaço de corte de 62%, gás de cozinha tem maior potencial de queda de preço
Cálculo é de consultoria especializada que aponta cobrança no Brasil muito acima da referência internacional
Já que, nesta semana, “vamos falar de preços”, como adiantou na sexta-feira (12) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, começaram as projeções do que pode ser anunciado.
Embora a Petrobras tenha comunicado que está revendo sua política comercial para gasolina e diesel, a expectativa é de que esses preços não devam ser revisados sem correção também no GLP – o gás de cozinha -, que tem a maior diferença entre os preços de referência internacional e os cobrados no Brasil.
Conforme a análise diária da defasagem publicada nesta segunda-feira pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), enquanto o potencial de corte da gasolina está em 3,47%, e o do diesel, em 9,65%, o do GLP chega a quase absurdos 62,63% (sim, como essa precisa de dupla checagem, clique aqui para ver o original).
Além disso, o gás de cozinha é o derivado de petróleo mais consumido pelas camadas de baixa renda, portanto faz sentido que seja o que tenha maior redução de preços, especialmente porque os preços do botijão passaram de R$ 100 e chegaram a se aproximar da “ameaça” de alcançar R$ 200.
Dada a chamada “defasagem positiva” – ou seja, o fato de que os preços no Brasil estão muito mais altos do que os de referência -, de fato nem é preciso mudança na política comercial para que a Petrobras derrube o preço do gás de cozinha. Se não o fizer nesta semana para a qual está prometida a nova política comercial, será um erro descomunal. O preço médio nacional do botijão de 13 quilos é de R$ 108,13, poderia cair a R$ 40,41 caso a tal “defasagem positiva” fosse eliminada.
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Fonte GZH