Destinos do Sul – tirolesa com mais de mil metros de altitude está pronta para operar em Cambará do Sul
Segundo a empresa responsável pela gestão do Parque Nacional da Serra Geral, é o equipamento desse tipo “mais alto das Américas”
Imagine-se a 1.099 metros de altura, sentado em uma cadeira de tecido suspensa por dois cabos que irão percorrer 720 metros de um ponto a outro em um dos cânions mais altos do país.
A tirolesa, instalada em um dos vértices do Cânion Fortaleza, foi inaugurada nesta sexta-feira (7) no Parque da Serra Geral, em Cambará do Sul. O equipamento, segundo a Urbia Parques, administradora do local, é o mais alto das Américas.
Para quem se coloca à disposição, equipado com capacete e preso por cordas e mosquetões típicos do montanhismo, a experiência proporciona visual único da natureza que seria possível conferir apenas em sobrevoos de balão ou em vídeos gravados por drones.
Para esticar os cabos de aço e dar segurança ao atrativo foram necessários seis meses de trabalho, que envolveram cerca de 50 pessoas. Tudo começou com um fio de nylon levado por um drone e que possibilitou transpor o vão do cânion.
— Por esse fio desceu um cordelete (corda de escalada) com um cabo mais fino que abriu caminho para a instalação dos cabos. Na plataforma de lançamento está a maior altura, de 1.099 metros. No meio da tirolesa ela alcança 800 metros do chão — conta Junior Ramos Mota, funcionário da Urbia Parques, que coordenou a instalação da tirolesa.
Para chegar até a plataforma de saída, o visitante precisa caminhar cerca de dois quilômetros até a borda do cânion. Depois de atestada a segurança, a descida, que leva até três pessoas de 40kg a 110kg por vez, pode alcançar uma velocidade média de 30 quilômetros por hora.
Do alto, e logo na largada, é possível conferir com uma vista privilegiada a formação geográfica da divisa entre os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Paredões de rocha, árvores que se sustentam com o mínimo de inclinação, pequenos vértices que se formam ao pé do cânion e até duas pequenas cascatas.
Paisagem que absorve quem desce pela tirolesa e lembra da dica dada pelos instrutores na plataforma de largada:”Não esquece de olhar para baixo”, dizem eles, porque sabem que a surpresa em se ver tão distante do chão e tão pequeno diante da natureza é o que conferem magia ao atrativo.
O projeto da Urbia, concessionária do Parque desde outubro de 2021, segundo o diretor Lindenor Cavalheiro, insere o visitante em outros pontos de vista e pretende mantê-lo por mais tempo no local.
— A expectativa é que gere fluxo para o destino e passe a ser um atrativo internacional — disse.
Mas os cabos de aço que percorrem mais de 700 metros de uma borda a outra também foram alvo de críticas nas redes sociais. Para alguns, a intervenção da concessionária agride a beleza natural da paisagem, ideia que é refutada pela Urbia. Cavalheiro garante que a empresa tem o cuidado em instalar equipamentos que integram o ambiente e não poluam o visual.
— O objetivo não é poluir o parque, até porque precisaremos devolver um dia, somos concessionados por 30 anos e o objetivo é propiciar entretenimento e que o visitante tenha visões não só das bordas dos cânions. Quase não se notam os cabos de aço à distância e as estruturas das plataformas são de madeira para que sejam harmônicas com a natureza. O atrativo não pode chamar mais atenção que ela (a natureza) e, sim, ser uma ferramenta para a contemplação — explica.
A atração está disponível todos os dias da semana, exceto às terças-feiras, das 10h às 16h. A compra de ingressos pode ser efetuada diretamente na entrada da tirolesa ou na Urbia Store, dentro da área de convivência do parque. O valor é de R$ 150 por pessoa. A entrada ao parque custa R$ 94 e dá direito a três acessos durante o período de sete dias.
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Fonte: GZH