Defesa Civil aponta que afundamento do solo continua, e Maceió segue em alerta máximo
Moradores deixaram últimos imóveis, e área de risco agora está 100% desocupada
No boletim mais recente, publicado às 18h deste sábado (2), a Defesa Civil de Maceió informou que a velocidade vertical de afundamento do solo na cidade é de 0,7 centímetro por hora, a mesma do boletim anterior. Nas últimas 24 horas, foram registrados 11,8 centímetros de deslocamento.
O afundamento ocorre principalmente no bairro Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela empresa Braskem. A Defesa Civil informou que segue em alerta máximo pelo risco de colapso iminente da estrutura.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforçou o órgão.
Na madrugada deste sábado, um novo abalo sísmico — com magnitude 0,89 — foi registrado a 300 metros de profundidade. O abalo foi mais intenso do que o registrado na noite de sexta-feira (1º), mas a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade de afundamento de terra na mina 18 — que, durante a semana, chegou a 50 cm por dia.
O problema ocorre principalmente na área do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação.
Na sexta (1º), a Braskem confirmou que pode ocorrer um grande desabamento na área. É possível também que a área da mina se acomode e estabilize o afundamento, segundo a empresa.
Moradores que ainda permaneciam em 23 imóveis em área de risco em Maceió deixaram suas casas, segundo a Braskem. Eles foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial.
Agora, 100% da região vulnerável ao eventual colapso de mina da empresa está desocupada.
“Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange, onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020”, informou a empresa, por meio de nota.
Fonte: GZH
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