Com recuo do Guaíba, Correio do Povo e Rádio Guaíba iniciam limpeza e projetam volta à sede no Centro Histórico
Prédio na esquina da Caldas Júnior com rua dos Andradas passará por avaliação da rede elétrica e manutenção de estruturas e equipamentos avariados pela água.
Diante da redução do nível do Guaíba, o Correio do Provo e Rádio Guaíba planejam retomar atividades em sua sede na rua Caldas Júnior, no coração de Porto Alegre. O prédio foi tomado pela água e evacuado no início do mês, quando diversos pontos do Centro Histórico foram inundados.
A água recuou durante o fim de semana, e o acesso pela rua dos Andradas está liberado, permitindo o início dos trabalhos necessários para o retorno à sede. Uma equipe começou a limpeza do andar térreo, que ficou alagado. De acordo com o diretor-presidente do Correio do Povo, Marcelo Dantas, o próximo passo será a revisão do sistema elétrico, para que, em um primeiro momento, as operações possam ser retomadas com auxílio do gerador de energia do prédio. Será necessária ainda a recuperação de mobiliário e substituição de equipamentos danificados.
Desafio complexo
Próximo de completar 130 anos, a serem comemorados em outubro de 2025, o Correio do Povo enfrenta um de seus maiores desafios. A complexa cobertura da maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul impõe ao jornal também desafios logísticos e humanitários que afetam diretamente a operação da empresa.
Desde que a sede do Correio do Povo, abrigada no Edifício Hudson, foi alagada, no dia 3, todos os funcionários passaram a trabalhar de maneira remota. Dentro do prédio, o nível da enchente superou 1 metro. A recepção, o setor comercial, a loja de atendimento ao leitor, o call center, os estacionamentos, o espaço cultural e o Estúdio Cristal da Rádio Guaíba foram inundados.
O parque gráfico, instalado no Quarto Distrito, na zona Norte da capital gaúcha, também foi severamente atingindo pela cheia. Todo o andar térreo foi inundado e a máquina rotativa está alagada. Os danos no equipamento só poderão ser calculados após o recuo das águas, o que ainda não tem previsão de ocorrer.
A tragédia também afeta diretamente os funcionários de todos os setores da empresa. No jornalismo, há coordenadores, editores, repórteres e auxiliares que precisaram deixar suas casas, seja pelos alagamentos ou pelo comprometimento dos serviços de luz, água ou comunicação.
A retirada de equipamentos de dentro da empresa inundada, para viabilizar melhores condições de edição do conteúdo digital, além de garantir a retomada de processos administrativos, envolveu diversos profissionais.
Fonte: Jornal Correio do Povo
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