Cachorrão do Claudião de Passo Fundo, conquista o Brasil e faz sucesso na Paulista
Vídeos do lanche viralizaram nas redes sociais, com quase 200 milhões de visualizações. Receita do Cachorrão foi criada na unidade da Rua Coronel Pelegrini, na Vila Rodrigues
Um cachorro-quente com cobertura de queijo tem dado o que falar nas redes sociais, com vídeos que acumulam quase 200 milhões de visualizações. O lanche se tornou o mais vendido na Avenida Paulista, em São Paulo, mas para os moradores de Passo Fundo, no norte gaúcho, o sabor não é nenhuma novidade.
O berço do hot dog turbo fica a 981 quilômetros da capital paulista, na Rua Coronel Pelegrini. É na Vila Rodrigues que fica a primeira unidade do Cachorrão do Claudião, criada nos anos 1950.
Os frutos da combinação de crosta de queijo e pão, criada por João Cláudio Bolner, são colhidos hoje por seus filhos, em todo o Brasil. Somente na unidade da Paulista são produzidos diariamente 750 unidades do lanche.
— Nossa loja na Avenida Paulista virou um ponto turístico, é icônico. Estouramos em um lugar do Brasil que já está acostumado há muito tempo com cachorro-quente, e eles nos “adotaram”. Toda noite quando fechamos a loja, para respeitar o horário de funcionamento do Shopping, ainda tem pessoas aqui — comenta o proprietário da marca, André Bolner.
A franquia do Cachorrão do Claudião está presente em seis estados brasileiros, com 10 lojas em operação e outras cinco em obras.
Receita nasceu de um descuido do cozinheiro
Como a maioria das receitas de sucesso, a crosta de queijo do Cachorrão foi criada involuntariamente: André relembra que o pai, o “Claudião”, acidentalmente derrubou queijo em cima de uma chapa. Para consertar o erro, ele limpou o queijo com um pão de forma e experimentou.
Provocamos uma discussão mundial sobre hot dog nas redes sociais
ANDRÉ BOLNER, PROPRIETÁRIO DA MARCA
sobre os vídeos virais
A combinação deu tão certo que virou um lanche clássico para a família, e era lembrado pelos filhos como uma receita de infância. O público só foi ter conhecimento desta iguaria em 2020, quando o Cachorrão abriu uma unidade em Erechim e incluiu a crosta de queijo no cardápio.
— De cara ele era o mais vendido, não tomou o volume de hoje, mas dava esses sinais. Foi com as redes sociais que se tornou internacional, temos pessoas de vários países dando opinião sobre a receita. Provocamos uma discussão mundial sobre hot dog nas redes. Hoje não existe um cachorro-quente mais conhecido no planeta do que o nosso — avalia André.
O chamado cachorro-quente turbo é feito com queijo parmesão uruguaio de longa maturação, e pode levar adicional de bacon, pepperoni ou pimenta na crosta. Os recheios variam conforme as unidades, mas incluem creme de queijo, saladas, molhos e até purê para os paulistas.
Claudião há 70 anos na cidade
O primeiro Claudião foi aberto em janeiro de 1950, especializado em marcas de cervejas. O negócio só passou a ser referência no cachorro-quente no fim dos anos 1990, quando os filhos do empresário abriram uma loja no Bella Città Shopping, a “Dog Store”, que rapidamente mudou o nome para Cachorrão.
O sucesso está na rotina do negócio desde o início: a média de venda mensal era de 51 mil cachorros-quentes, com 1,7 mil por dia. Vinte anos depois, a média é de 5 mil lanches por dia, contabilizado em várias lojas. O atual proprietário da marca garante que a qualidade ainda é a mesma, com algumas atualizações ao longo do tempo.
— As únicas coisas que mexemos até hoje foram para facilitar o nosso trabalho, como o pepino desfiado, que era difícil de desmanchar no lanche e tornamos ele um molho. Os equipamentos rudimentares também foram atualizados, tudo para nos trazer agilidade — explica André Bolner.
Por trás da receita do clássico hot dog, há alguns detalhes indispensáveis para o proprietário da marca, que garantem o diferencial do lanche. Levam atenção especial o pão, os molhos e a salsinha, como explica:
— Mantemos o pão em uma atmosfera controlada: uma técnica de regeneração a base de vapor, controlando a umidade e a temperatura. Nossa salsicha é 100% bovina e artesanal, feita numa indústria especifica para isso. E o molho vermelho foi desenvolvido com o tempo, com muita técnica. São receitas que a gente luta para que nunca mudem, estamos sempre em contato com fornecedores pra manter tudo igual.
Fonte: GZH
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