Ao vivo: acompanhe as informações sobre o ciclone no Rio Grande do Sul

Defesa Civil estadual emitiu um alerta para chuva e fortes rajadas de vento

Conforme a MetSul, a linha de instabilidade vai avançar por Santa Catarina da tarde para a noite de hoje com tempestades que em alguns pontos podem ser severas com granizo de variado tamanho e fortes a intensos vendavais. O risco de tempo severo é maior no Oeste e no Meio-Oeste catarinense. A chuva pode ser localmente forte a torrencial e em pontos do Sul catarinense pode ficar entre 100 mm e 150 mm de hoje para amanhã. 

O campo de vento muito forte do ciclone vai se estender ao Leste de Santa Catarina com rajadas de 70 km/h a 90 km/h, mas que em pontos da costa podem passar de 100 km/h. O vento será mais forte de Florianópolis para o Sul enquanto no Litoral Norte catarinense as rajadas tendem a ser menos intensas. 

Em Florianópolis, a ilha deve ter muito mais vento com rajadas perto e acima de 100 km/h em pontos mais ao Leste e ao Sul da ilha. Deve ventar ainda muito forte em trechos da Serra com rajadas perto e acima de 100 km/h, como nas áreas de Bom Jardim da Serra e Rancho Queimado.

Porto Alegre mobilizada para chegada do ciclone

Foto: Maria Eduarda Fortes / CP Memória

A Prefeitura de Porto Alegre segue com suas equipes mobilizadas para atuar de forma preventiva e integrada diante das condições meteorológicas previstas para os próximos dias. Na quinta-feira, 6, ocorreu uma reunião da Comissão Permanente de Atuação em Emergência (Copae) liderada pelo prefeito Sebastião Melo.

O Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec) emitiu alerta válido desta sexta-feira, 7, até as 12h de sábado, 8. Um ciclone extratropical típico da primavera deve atuar sobre o Estado, trazendo chuva e ventos fortes. 

O período de maior atenção será entre 9h e 19h de sexta-feira, quando há possibilidade de acumulado de até 60 mm de chuva em pancadas e rajadas médias entre 60 e 80 km/h.

Após esse período, a chuva tende a perder força, com acumulado adicional de cerca de 10 milímetros até o fim da manhã de sábado, 8. No entanto, os ventos podem se intensificar na madrugada e manhã de sábado, com rajadas pontuais que podem chegar a 100 km/h, de forma localizada.

A partir do sábado, conforme previsão do Cemadec, pode ocorrer elevação do nível do Guaíba devido à contribuição de rios afluentes, como os rios Caí, Sinos e Taquari, em áreas da Ilha da Pintada, Ilha dos Marinheiros e no Extremo-Sul da Capital. 

Impactos do ciclone no RS

Foto: Camila Cunha / CP Memória

A MetSul Meteorologia indica que esta sexta-feira será o dia mais crítico da chegada do ciclone ao Rio Grande do Sul. As regiões que devem ser afetadas são o Oeste, o Centro e a Metade Norte. O risco de temporais com vendavais e granizo de variado tamanho é especialmente alto no Noroeste e no Norte do Estado. Nesta região, uma linha de instabilidade deve se formar.

Em Porto Alegre, a tendência é de chuva com maiores volumes da tarde para a noite. Os acumulados de chuva devem ficar entre 50 mm e 100 mm entre hoje e amanhã em muitas cidades gaúchas, especialmente da Metade Norte, com acumulados que em alguns pontos podem atingir até 150 mm. 

Já os ventos ciclônicos afetarão mais áreas do Leste e o Nordeste gaúcho do meio da tarde para a noite hoje e na primeira metade do sábado. Grande parte do interior terá ventos ciclônicos de 50 km/h a 80 km/h, mas o vento mais intenso atingirá o Centro-Norte da Lagoa dos Patos e arredores, Sul da Área Metropolitana e os Litorais Médio e Norte (Mostardas a Torres).

Nestas áreas, rajadas de 80 km/h a 100 km/h com risco de picos acima de 100 km/h. Em Porto Alegre, 70 km/h a 90 km/h na maior parte da cidade, mas pela topografia podem ocorrer rajadas superiores. Mais ao Sul da capital, 90 km/h a 110 km/h.

Risco de tornados e microexplosões

Foto: Pedro Piegas

Áreas de instabilidade intensas associadas à formação de um ciclone nesta sexta-feira, 7, trazem risco de fenômenos severos localizados de vento, como microexplosões e mesmo de formação de tornados, no Rio Grande do Sul.

A atmosfera estará extremamente instável durante esta sexta-feira com centro de baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul. Esse cenário vai desencadear a formação do ciclone extratropical. A tendência é de formação de uma linha de instabilidade, com um alinhamento de células de tempestade em que algumas podem ser supercélulas, capazes de gerar fenômenos severos muito isolados de vento. O alerta é da MetSul Meteorologia.

O maior risco de tempo severo por efeito da formação do ciclone será justamente onde passar a linha de instabilidade, isso inclui o Noroeste e o Norte do Rio Grande do Sul.

Uma linha de instabilidade nada mais é que uma faixa alongada de nuvens de tempestade que se forma na atmosfera em resposta a um forte contraste entre massas de ar, geralmente, ar quente e úmido e ar frio e seco, que pode se estender por centenas de quilômetros.

É justamente o que se espera nesta sexta-feira com uma massa de ar frio pelo Nordeste da Argentina, impulsionado pela baixa pressão, enquanto na dianteira da linha haverá o ingresso de ar quente no Sul do Brasil, especialmente entre o Norte gaúcho e o Paraná.

A rota do ciclone no RS

Foto: Fabiano do Amaral

Um ciclone extratropical vai se formar entre esta sexta (7) e o sábado (8) no Rio Grande do Sul e vai trazer uma onda de tempestades, chuva localmente forte a intensa e ainda ventos muito fortes que podem ter como consequências danos estruturais, cortes de energia e outros transtornos para a população.

A MetSul enfatiza que os modelos numéricos não apresentam ainda um consenso sobre a trajetória do ciclone, entretanto o entendimento é que o centro da baixa pressão ingressará pelo Noroeste gaúcho na manhã desta sexta, estará sobre a Grande Porto Alegre na noite de sexta-feira e muito perto da costa sobre o mar junto ao Litoral Norte gaúcho e o Litoral de Santa Catarina entre a madrugada e a manhã de sábado.

A tendência é que o ciclone extratropical se afaste de terra gradualmente no decorrer do sábado, especialmente da tarde para a noite do sábado, com projeção de estar já distante do continente no final do dia.

Fonte: Correio do Povo

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