Anderson Torres chega ao Brasil e é preso pela Polícia Federal

Avião vindo de Miami (EUA) com o ex-ministro da Justiça pousou no aeroporto de Brasília às 7h20 deste sábado

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres, também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, chegou nas primeiras horas da manhã deste sábado (14) no Brasil para cumprir a prisão preventiva determinada no último dia 10 pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O avião com Anderson Torres pousou às 7h20 no aeroporto internacional de Brasília, procedente de Miami (EUA), onde ele estava quando ocorreram os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Os agentes da PF o retiraram da aeronave pela porta traseira. 

Após o pouso, Torres foi levado imediatamente para a Superintendência da Polícia Federal, na região central de Brasília, para ser ouvido. Em seguida, o ex-secretário deve ser encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame médico, e só então para a prisão. 

Vídeos que começaram a circular nas redes sociais no final da noite de sexta-feira (13) mostravam o ex-secretário escoltado por policiais americanos no aeroporto de Miami, embarcando para o Brasil.

Torres havia sido nomeado secretário de Segurança pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, no último dia 5. Dois dias depois, na véspera dos ataques aos prédios dos três poderes, viajou para a Flórida, nos Estados Unidos, de férias. No mesmo dia dos ataques, Ibaneis anunciou a exoneração dele, publicada no dia 9 no Diário Oficial do DF.

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O interventor federal na segurança do DF indicado por Lula, Ricardo Cappelli, sugeriu eventual sabotagem por parte de Torres nos atentados. Também na sexta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, avisou que se Torres não retornasse ao Brasil até segunda-feira (16), solicitaria ao governo dos Estados Unidos a extradição dele. 

Na casa de Anderson Torres, em Brasília, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão, onde foi encontrado uma minuta de um decreto que seria usado para instaurar estado de defesa no país e contestar o resultado das eleições presidenciais do ano passado. 

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Fonte: Correio do Povo