Audiência pública debate construção de prédios altos no Litoral Norte do RS
Tema foi discutido na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do Estado
Os impactos da construção de prédios altos em municípios do litoral Norte gaúcho foram debatidos em audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do Estado, realizada no Memorial da ALRS, nesta segunda-feira. O foco do debate foram as mudanças propostas para Xangri-lá, conforme solicitado à bancada do PT, pelo Movimento Xangri-Lá Horizontal e outras entidades com foco ambiental.
Na ocasião, foi proposto nos encaminhamentos que se construa um espaço para debater o tema no Legislativo Estadual e um Atlas da região. “Quem sabe a gente chega, com essa estrutura que a gente construa na Assembleia, a produzir um plano de desenvolvimento sustentável, ou envolvimento sustentável, do Litoral Norte?”, sugeriu a deputada Sofia Cavedon (PT), que comandou os trabalhos.
Também foi proposta uma audiência do Legislativo estadual na Câmara de Xangri-lá, com o Ministério Público gaúcho, e a apresentação de denúncias ambientais ao procurador-geral do MPRS. Conforme a deputada que presidiu a audiência pública, foram convidados para o debate o prefeito de Xangri-lá, outros representantes dos Executivos municipais do Litoral Norte e também do Estado, mas os órgão não teriam enviado representantes.
Questionada pelo Correio do Povo, a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) disse que não recebeu o convite do evento. A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) não retornou até a publicação desta matéria.
Após a publicação dessa matéria, o prefeito de Xangri-lá, Celso Barbosa, conhecido como Celsinho, disse não ter sido convidado para o debate. Ainda segundo ele, uma audiência pública em Porto Alegre para discutir questões de Xangri-lá é algo “cômico”.
Além de alegar que a audiência realizada na Assembleia Legislativa tem teor político, o prefeito afirmou que seu teor não será considerado no Plano Diretor do município. “Para nós, essa audiência pública não tem valor nenhum. Tudo que foi debatido ali, nada vai para o plano proposto. Nós tivemos 7 audiências públicas do plano diretor feitas no município, com o direito de todos darem suas opiniões”, afirmou.
Fonte Jornal Correio do Povo
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