OAB pede ao STF que bolsonaristas presos por atos golpistas sejam transferidos para seus estados


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Cerca de 960 pessoas seguem detidas em Brasília após atacarem as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Seccional do Distrito Federal da OAB pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os presos pelos ataques golpistas de 8 de janeiro sejam transferidos para prisões em seus estados de origem. O pedido é dirigido ao ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a OAB, o aumento no número de presos causa atraso em procedimentos administrativos, atendimentos entre advogados e clientes, e de saúde.

A OAB afirma ao STF que o crescimento “abrupto da massa carcerária causou o aumento no número de atendimentos de saúde e de advogados, de escoltas e de outras rotinas carcerárias”.

Ainda segundo a entidade, “não houve acréscimo no efetivo de policiais penais para dar conta de toda demanda e, ainda, não podemos esquecer do impacto financeiro para os cofres públicos do Distrito Federal.”

O pedido de “recambiamento” também tem como base o fato de, segundo a ordem, a “grande maioria” dos presos “ser oriunda de outros estados da Federação”.

“Nessa seara, é sabido que o recambiamento de presos é um procedimento corriqueiro que ocorre entre as Administrações Prisionais dos estados, cuja realização sucede após autorização dos Juízos responsáveis, conforme respectivas leis de organização judiciária”, pontua a Ordem dos Advogados.

A entidade também ressalta que trata-se de um “processo burocrático”. Isso porque a Administração Pública precisa adotar “procedimentos orçamentários” para cuidar das transferências. Na esfera administrativa, precisaria deslocar servidores e cuidar da logística para o transporte dos presos. que estão em Brasília.

Frentes de investigação

A OAB afirma ainda que o atendimento de advogados aos presos ultrapassa “semanas, diante da intensa procura dos profissionais à unidade prisional”. O ministro do STF ainda não decidiu a respeito do pedido feito pela OAB.

As sedes dos três poderes na capital foram destruídas nos atos terroristas, que depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Vidraças foram quebradas, obras de arte vandalizadas e destruídas e documentos roubados.

Um mês depois dos atos, as investigações estão divididas em quatro frentes: a participação in loco nas invasões e responsabilidade por atos de vandalismos; o financiamento dos golpistas; a omissão de agentes públicos que deveriam zelar pela segurança pública; e o incentivo aos manifestantes radicais por meio das redes sociais.

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Fonte: O Globo