22 de abril, dia da Terra, um dia para refletirmos

Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come.
Hoje é o Dia da Terra. E não é apenas mais uma data. É um grito. Um pedido urgente para que o ser humano pare, olhe ao redor e perceba o estrago que tem causado no único lar que temos: o planeta Terra.
Vivemos em um mundo de belezas indescritíveis — florestas que respiram por nós, oceanos que regulam o clima e guardam a maior biodiversidade do planeta, montanhas imponentes, rios que correm como veias pulsantes da vida. Mas tudo isso está em risco.
A cada segundo, a Terra perde o equivalente a uma área de floresta tropical do tamanho de um campo de futebol. Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), mais de 10 milhões de hectares de floresta são destruídos por ano, sobretudo na Amazônia, no Congo e no Sudeste Asiático. Essa destruição descontrolada não é apenas uma agressão à natureza — é um colapso anunciado para nossa própria existência.
O aumento da emissão de gases de efeito estufa já aqueceu o planeta em cerca de 1,2°C desde a Revolução Industrial. E se não houver mudanças imediatas, o mundo poderá ultrapassar a marca crítica de 1,5°C nas próximas duas décadas. Isso significa mais desastres naturais, secas intensas, escassez de água, colheitas perdidas e milhões de refugiados climáticos.
Além disso, 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos todos os anos, afetando mais de 700 espécies marinhas. Estima-se que, até 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos, se continuarmos no mesmo ritmo.
Tudo isso é fruto da ganância, da exploração desenfreada, da crença de que os recursos da Terra são infinitos e de que o lucro deve estar acima da vida. Mas essa lógica nos leva à ruína.
A Terra não precisa de nós para existir. Nós é que precisamos dela para viver.
O momento é agora. A mudança começa com a consciência. Reduzir o consumo, reciclar, apoiar práticas sustentáveis, cobrar políticas ambientais sérias, proteger biomas, reflorestar. Cada gesto importa. Cada escolha conta.
Hoje, mais do que comemorar, é dia de refletir. De se perguntar: que tipo de planeta queremos deixar para os nossos filhos e netos?
Que o Dia da Terra sirva como um novo começo. Como um chamado. Porque ainda dá tempo. Mas o tempo é curto, e a responsabilidade é de todos nós.
Preservar a Terra é preservar a vida. E a vida não tem preço.
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