Saúde e Bem Estar- Lentilha: o superalimento que ajuda a reduzir o risco de diabetes e doenças cardíacas, diz estudo de Harvard


A leguminosa é rica em proteínas, Ômega 6 e 9, vitaminas do complexo B1, zinco e magnésio e proteínas

A lentilha é um dos alimentos mais antigos da dieta humana e um dos melhores aliados devido aos seus múltiplos componentes nutricionais, proteínas vegetais e fibras que proporcionam inúmeros benefícios à saúde. Um relatório da Universidade de Harvard publicado em sua revista Harvard Health Publishing recomenda seu consumo, devido aos benefícios que trazem para a saúde.

As leguminosas correspondem a um amplo grupo alimentar composto por grão-de-bico, ervilha, soja, lentilha e feijão, sendo altamente recomendável sua ingestão diária. No século 20 os produtos faziam parte da rotina alimentar das pessoas, principalmente em áreas de temperaturas frias onde os moradores precisavam recuperar energias. Com o tempo, a mudança de hábitos o seu uso foi substituído por opções alternativas. Hoje, as novas tendências que incentivam um estilo de vida saudável baseado em uma alimentação consciente e natural reacenderam o gosto pelo seu consumo.

Nesse retorno, as lentilhas se destacam e se posicionam como o alimento preferido dentro da família das leguminosas. Segundo o estudo de Harvard, o seu consumo é capaz de reduzir o risco de obesidade, níveis elevados de colesterol e pressão alta, além de sofrer de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Além disso, eles têm um dos grandes princípios para uma dieta equilibrada: são adequados para dietas de emagrecimento porque saciam muito e, por terem um baixo índice glicémico, estabilizam o nível de açúcar no sangue e são recomendados para pessoas que sofrem de diabetes.

    Além disso, eles têm um dos grandes princípios para uma dieta equilibrada: são adequados para dietas de emagrecimento porque saciam muito e, por terem um baixo índice glicémico, estabilizam o nível de açúcar no sangue e são recomendados para pessoas que sofrem de diabetes.

    Analía Yamaguchi, especialista em nutrição clínica e secretária da Sociedade Argentina de Nutrição, diz que é um alimento nobre que corresponde a um tipo de carboidrato complexo e que se destaca por ser rico, saciante, nutritivo, com baixo teor calórico e por fornecer energia.

    — Entre seus componentes estão ômega 6 e 9, vitaminas do complexo B1, ferro, cálcio, zinco, magnésio e proteínas — complementa a especialista.

    Mas seu consumo guarda um segredo. Para que a ingestão de seus nutrientes seja bem-sucedida, Analía acrescenta que a leguminosa deve ser complementada com alguma proteína animal ou, no caso de quem mantém uma alimentação vegetariana ou vegana, com uma porção de arroz ou macarrão no mesmo ao mesmo tempo, ao longo do dia, pois, desta forma, “será incorporado o aminoácido conhecido como metionina , que sintetiza tudo o que se encontra nas lentilhas.”

    A nutricionista consultada aponta que a porção correta dessa leguminosa, assim como o restante, deve ser equivalente a 25% do prato e , para ver os benefícios, sugere incorporá-la regularmente.

    — O ideal é que os outros 25% sejam destinados a proteínas de origem vegetal ou animal, e os 50% restantes, a vegetais crus ou cozidos, principalmente os que possuem vitamina C, pois potencializa e aumenta a absorção do ferro encontrado na lentilha — esclarece Analía, e comenta que na hora de cozinhá-los não é necessário deixá-los de molho como o restante das leguminosas.

    A origem

    As suas origens remontam ao Neolítico e o local do planeta que se aventurou na sua produção foi a zona da Ásia Ocidental. Rapidamente ganhou relevância e países da África e da Europa também se arriscaram em sua produção. Na América Latina, seu desembarque se deu após a colonização, pois os espanhóis viram nessas terras uma possibilidade de introdução desse alimento. Hoje, esse grão é produzido nas províncias de Santa Fé, Buenos Aires e Córdoba.

    Aproximando -se das lentilhas, existem variedades com tamanhos que variam entre dois e nove milímetros e cores diferentes: marrom, amarelo, cinza, verde, vermelho e preto. Sua semente vem de uma planta chamada “lens esculenta” que é colhida principalmente em regiões temperadas e subtropicais onde o solo deve ter características arenosas e argilosas.

    E suas virtudes também passam pelo plano da sustentabilidade, pois além de estar disponível o ano todo, sua produção gera baixo impacto ambiental. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), são consumidos em média 1.700 litros de água para produzir meio quilo, ao contrário da carne, que requer aproximadamente 2.500 litros para a mesma quantidade.

    — Além de as lentilhas proporcionarem inúmeros benefícios, o que se sugere é intercalar seu consumo com outras leguminosas, bem como incorporar uma variedade de alimentos para fornecer ao organismo a maior quantidade possível de nutrientes, minerais e vitaminas — finaliza a nutricionista especialista, Analía Yamaguchi.

    Fonte: O Globo.com