Manifestações em defesa do meio ambiente são realizadas no litoral Norte

Fotos- Redes Sociais/Eco Imbé

Duas manifestações em defesa do meio ambiente marcaram o sábado, 19 de outubro, no litoral Norte.

Em Torres, moradores e entidades ambientais protestaram contra o projeto de construção de dois prédios de 14 andares nas imediações ao Parque Estadual da Guarita. Cerca de 350 pessoas participaram do ato, que contou com um abraço simbólico no local.

O movimento contrário ao projeto aponta que a construção trará danos paisagísticos, ecológicos e urbanos. Conforme os organizadores, o abraço simbólico teve o objetivo de produzir imagens que possam gerar reflexões sobre a proteção e preservação da paisagem.

Segundo a prefeitura de Torres, o empreendimento está de acordo com o novo Plano Diretor do município. O projeto prevê que o edifício seja construído na Zona 24, que não conta com um limite máximo de altura estabelecido para as edificações. Protocolada pela construtora R. Dimer em maio deste ano, a proposta arquitetônica ainda está sendo analisada pela prefeitura de Torres.

Em nota enviada à imprensa neste sábado, a R. Dimer informou que “respeita o direito de manifestação, mas entende que o movimento não interfere no devido e legal andamento do projeto do Guarita Home Resort. A empresa continuará trabalhando o empreendimento de forma técnica, sustentável e de acordo como a legislação, acreditando no desenvolvimento e melhorias que o mesmo trará para o bairro e para o município”.

Em Imbé, moradores de diversos municípios realizaram ato junto a Ponte Giuseppi Garbaldi para protestar contra o despejo de efluentes provenientes da Estação de Tratamento de Esgoto de Xangri-lá na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí, através de um emissário. A obra está bastante adiantada e há preocupação quanto aos impactos que podem afetar a qualidade da água do Rio Tramandaí no futuro. Promovida pela Associação dos Amigos da Bacia do Rio Tramandaí, a manifestação pediu a imediata paralisação da obra.

Apesar de a obra estar devidamente licenciada pela Fepam, os manifestantes alegam que não houve estudos de impacto ambiental e pedem maior discussão sobre o assunto.

Em nota, a Corsan destacou que a obra compõe a ampliação do sistema de esgotamento sanitário do litoral Norte, está licenciada e atende a todas normativas previstas pelas leis ambientais. A definição do local de lançamento, diz o comunicado, está embasada em estudos técnicos para garantir o desenvolvimento sustentável e econômico da região e tem o licenciamento da Fepam.

A Corsan adiciona que o processo de tratamento do esgoto doméstico da companhia é eficiente e compreende seis etapas que começam pelo gradeamento que separa resíduos sólidos, depois, vêm as fases de decomposição da matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, filtragem, decantação e a desinfecção, que elimina bactérias, vírus e parasitas. A empresa diz que o efluente tratado proveniente desse processo tem total eficiência, atendendo os parâmetros previstos em lei, devolvendo ao meio ambiente uma água límpida, preservando o ecossistema da região.

Na obra, diz o texto, já foram implantados sete quilômetros de tubulação e finalizadas as travessias pelo método não destrutivo no entorno da Estrada do Mar. A Corsan afirma que o Sistema de Esgotamento Sanitário é uma das prioridades do plano de investimentos, desenhado para o litoral Norte pelo Grupo Aegea.

Fotos- Redes Sociais/Eco Imbé

Da praia News com informações Rádio Guaíba/GZH/TVN

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