Cachorrão do Claudião de Passo Fundo, conquista o Brasil e faz sucesso na Paulista

Cachorro-quente com crosta de queijo entrou no cardápio em 2020. Eduarda Costa / Agencia RBS/Reprodução TV Nativoos

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Vídeos do lanche viralizaram nas redes sociais, com quase 200 milhões de visualizações. Receita do Cachorrão foi criada na unidade da Rua Coronel Pelegrini, na Vila Rodrigues

Um cachorro-quente com cobertura de queijo tem dado o que falar nas redes sociais, com vídeos que acumulam quase 200 milhões de visualizações. O lanche se tornou o mais vendido na Avenida Paulista, em São Paulo, mas para os moradores de Passo Fundo, no norte gaúcho, o sabor não é nenhuma novidade. 

O berço do hot dog turbo fica a 981 quilômetros da capital paulista, na Rua Coronel Pelegrini. É na Vila Rodrigues que fica a primeira unidade do Cachorrão do Claudião, criada nos anos 1950. 

Os frutos da combinação de crosta de queijo e pão, criada por João Cláudio Bolner, são colhidos hoje por seus filhos, em todo o Brasil. Somente na unidade da Paulista são produzidos diariamente 750 unidades do lanche. 

— Nossa loja na Avenida Paulista virou um ponto turístico, é icônico. Estouramos em um lugar do Brasil que já está acostumado há muito tempo com cachorro-quente, e eles nos “adotaram”. Toda noite quando fechamos a loja, para respeitar o horário de funcionamento do Shopping, ainda tem pessoas aqui — comenta o proprietário da marca, André Bolner. 

A franquia do Cachorrão do Claudião está presente em seis estados brasileiros, com 10 lojas em operação e outras cinco em obras. 

Receita nasceu de um descuido do cozinheiro

Como a maioria das receitas de sucesso, a crosta de queijo do Cachorrão foi criada involuntariamente: André relembra que o pai, o “Claudião”, acidentalmente derrubou queijo em cima de uma chapa. Para consertar o erro, ele limpou o queijo com um pão de forma e experimentou. 

Provocamos uma discussão mundial sobre hot dog nas redes sociais

ANDRÉ BOLNER, PROPRIETÁRIO DA MARCA

sobre os vídeos virais

A combinação deu tão certo que virou um lanche clássico para a família, e era lembrado pelos filhos como uma receita de infância. O público só foi ter conhecimento desta iguaria em 2020, quando o Cachorrão abriu uma unidade em Erechim e incluiu a crosta de queijo no cardápio. 

— De cara ele era o mais vendido, não tomou o volume de hoje, mas dava esses sinais. Foi com as redes sociais que se tornou internacional, temos pessoas de vários países dando opinião sobre a receita. Provocamos uma discussão mundial sobre hot dog nas redes. Hoje não existe um cachorro-quente mais conhecido no planeta do que o nosso — avalia André. 

O chamado cachorro-quente turbo é feito com queijo parmesão uruguaio de longa maturação, e pode levar adicional de bacon, pepperoni ou pimenta na crosta. Os recheios variam conforme as unidades, mas incluem creme de queijo, saladas, molhos e até purê para os paulistas.

Claudião há 70 anos na cidade

O primeiro Claudião foi aberto em janeiro de 1950, especializado em marcas de cervejas. O negócio só passou a ser referência no cachorro-quente no fim dos anos 1990, quando os filhos do empresário abriram uma loja no Bella Città Shopping, a “Dog Store”, que rapidamente mudou o nome para Cachorrão. 

O sucesso está na rotina do negócio desde o início: a média de venda mensal era de 51 mil cachorros-quentes, com 1,7 mil por dia. Vinte anos depois, a média é de 5 mil lanches por dia, contabilizado em várias lojas. O atual proprietário da marca garante que a qualidade ainda é a mesma, com algumas atualizações ao longo do tempo. 

— As únicas coisas que mexemos até hoje foram para facilitar o nosso trabalho, como o pepino desfiado, que era difícil de desmanchar no lanche e tornamos ele um molho. Os equipamentos rudimentares também foram atualizados, tudo para nos trazer agilidade —  explica André Bolner.

Por trás da receita do clássico hot dog, há alguns detalhes indispensáveis para o proprietário da marca, que garantem o diferencial do lanche. Levam atenção especial o pão, os molhos e a salsinha, como explica:

— Mantemos o pão em uma atmosfera controlada: uma técnica de regeneração a base de vapor, controlando a umidade e a temperatura. Nossa salsicha é 100% bovina e artesanal, feita numa indústria especifica para isso. E o molho vermelho foi desenvolvido com o tempo, com muita técnica. São receitas que a gente luta para que nunca mudem, estamos sempre em contato com fornecedores pra manter tudo igual.

Fonte: GZH

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