Quem é Fátima de Tubarão, que pode ser condenada a 17 anos pelo 8/1
Fátima de Tubarão é acusada de participar dos atos antidemocráticos do 8/1. Moraes, do STF, votou por condená-la a 17 anos de prisão
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta sexta-feira (2/8), o julgamento da Ação Penal nº 2.339, envolvendo Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, 67 anos, conhecida como Fátima de Tubarão.
A ré é acusada de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar, manifestando-se a favor da condenação de Fátima a 17 anos de prisão.
Quem é Fátima de Tubarão
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, ganhou notoriedade após participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Aos 67 anos, a mulher é natural de Tubarão, em Santa Catarina, e tem múltiplos perfis em redes sociais, nos quais expressa apoio a pautas bolsonaristas, como o voto impresso e a paralisação de caminhoneiros após as eleições presidenciais de 2022.
Além dos atos de vandalismo e incitação à violência, Fátima acumula histórico criminal. Em 2014, ela foi condenada a 3 anos, 10 meses e 20 dias de prisão no regime semiaberto por tráfico de drogas.
Na ocasião, foi flagrada por policiais militares enquanto se comunicava com um usuário de entorpecentes. A abordagem levou à apreensão de pedras de crack com um adolescente que saía da casal dela.
Fátima alegou que apenas alugava quartos para obter renda, mas as autoridades confirmaram o envolvimento direto na atividade criminosa.
Outro episódio ocorreu em 2012, quando Fátima foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina por falsificação de documentos e estelionato.
Ela utilizou documentos falsos para obter linhas telefônicas em nome de outra pessoa, causando prejuízos à vítima que recebeu cobranças indevidas.
O voto de Alexandre de Moraes
Moraes rejeitou todas as preliminares apresentadas pela defesa de Fátima e considerou a ação procedente, condenando-a pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
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