Clima – Alagamentos voltam a atingir ruas do 4° Distrito, na zona norte de Porto Alegre


Comerciantes estão com medo de ter seus espaços novamente invadidos. Na enchente de maio, região ficou semanas tomada pela água. Muitos estabelecimentos ficaram fechados e há pouco tempo iniciaram a limpeza e reconstrução dos locais

Empresários estão preocupados com a água, que, de novo, voltou a avançar e cobrir algumas ruas da região do 4ºDistrito, na zona norte de Porto Alegre. Desde a madrugada desta quarta-feira (19), os alagamentos retornaram, deixando comerciantes em alerta e com medo de terem seus espaços novamente invadidos.

Na Avenida Presidente Franklin Roosevelt, perto da Rua Arabutã, o presidente da Associação de Empresários do 4º Distrito Atingidos pela Enchente, Arlei Romeiro, decidiu ir para o meio do cruzamento pedir para os motoristas não passarem no trecho até a Avenida Cairu. O movimento dos carros provoca a formação de ondas que acabam entrando nas lojas. Muitos estabelecimentos estão recém se recuperando da enchente de maio.

— Tem um cavalete da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) lá na ponta para os veículos não passarem, mas o povo não colabora, e existem lojas com o mobiliário novo, recém trocaram, e essa passagem aqui faz onda e colabora para danificar os móveis — explica ele.

Nas avenidas Cairu, Santos Dumont e França, a água também está subindo, prejudicando o trânsito. Com uma indústria de cosméticos na Rua Comendador Tavares, a empresária Denise Rochadel, descia às pressas do carro para ingressar logo no estabelecimento e ver o que poderia ser feito antes que a água voltasse a entrar.

— Estamos indo para lá para retirar algumas coisas, orientar a equipe que está lá. Viemos para olhar essa tragédia, esse horror — lamenta.

A prefeitura afirma que choveu mais de 50mm durante a madrugada, o que é considerado expressivo para um curto período de tempo. No bairro São Geraldo, equipes do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) estão trabalhando na manutenção da Ebap 3, localizada na Avenida São Pedro. Segundo o departamento, a estrutura teve um problema nos motores durante a madrugada. Ao todo, 21 das 23 estações estão em funcionamento neste momento, mas com capacidade reduzida.

Fonte: GZH

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