OS ESPAÇOS DAS MULHERES DO SÉCULO 21


Por Luciano Orsi, presidente da Famurs e prefeito de Campo Bom

Lugar de mulher é onde ela quiser. No mês em que os debates sobre os espaços e posição das mulheres na sociedade ganham notoriedade, esta frase não poderia ser mais assertiva. Na realidade, o lugar de qualquer ser humano é onde suas convicções e vontades o levarem, seja em casa, no trabalho ou na política. 

No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, um dos momentos mais importantes do calendário global de março. A celebração de lutas históricas por direitos e melhores condições para mulheres, seja por igualdade salarial ou contra o machismo e a violência, é um marco de reflexão para a condição da mulher, que mesmo em meio ao alcance do voto, escolarização e profissionalização é subjugada, ainda que parte fundamental para construção de uma sociedade mais justa e equânime.

As mulheres tem demostrado em diferentes espaços a transformação que o seu papel traçou ao longo de tempo. Todavia, as mudanças ocorridas não devem ser superestimadas, nem tampouco se pode acreditar que as desigualdades tenham sido erradicadas. De um lado, conquistas sociais, políticas e econômicas alcançadas por elas na história revelam-se fundamentais, do outro, porém, a desigualdade em diferentes esferas ainda persiste e merece ser discutida. 

O estudo da ONU Mulheres 2023 ressalta que para que as necessidades e prioridades das mulheres sejam consideradas e garantidas, os governos devem priorizar um aumento no investimento em serviços essenciais e proteção social para elas, uma vez, que se as tendências atuais no mundo permanecerem, mais de 342 milhões de mulheres e meninas poderão estar vivendo em extrema pobreza até 2030. 

Assim como no mundo, o Brasil, especialmente o Rio Grande de Sul, tem enfrentado muitas crises, que vão desde conflitos geopolíticos até níveis crescentes de pobreza e os impactos escalonados das mudanças climáticas, esses desafios só podem ser solucionados junto as mulheres, que possuem um olhar múltiplo sobre o mundo e as suas necessidades. É possível provocar mudanças e acelerar a transição para um futuro igualitário investindo e oportunizando as mulheres, para que assim ocupem os seus lugares de direito e ajudem a construir políticas públicas efetivas e que tragam retornos positivos.

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