Servidores da UFRGS, UFCSPA e IFRS aprovam estado de greve
Decisão ocorre após o governo federal anunciar que não haverá reajuste salarial aos funcionários públicos em 2024; foi proposto apenas aumento nos auxílios da categoria
O Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs) aprovou em assembleia geral na terça-feira (19) estado de greve da categoria. A decisão ocorre após o governo federal anunciar que não haverá reajuste salarial aos servidores públicos em 2024.
O estado de greve funciona como uma espécie de aviso aos reitores e ao governo, de que a categoria está prestes a entrar em greve, faltando apenas uma aprovação futura em assembleia. A decisão já havia sido tomada em plenária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas, nos dias 9 e 10 de dezembro, em Brasília. Cabia aos sindicatos locais referendarem a decisão.
De acordo com a Assufrgs, a categoria classificou a proposta do governo como “insuficiente e desrespeitosa”. Foi proposto apenas reajuste nos auxílios da categoria. A decisão das assembleias locais será repassada à federação, para que junto às demais entidades sindicais de outras categorias, decidam ou não aceitar a proposta.
Valorizar os serviços públicos precisa ser uma prática, não só um discurso. Nós, os servidores, estamos na ponta, estamos prestando serviço para a população, em especial a mais pobre desse país — afirmou a coordenadora-geral da Assufrgs, Tamyres Filgueira.
O que diz o governo federal
O governo federal encaminhou na quarta-feira (20) a proposta de reajuste de benefícios pagos aos servidores públicos federais. O termo formulado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) foi enviado a 10 centrais sindicais e 20 entidades que participam da mesa nacional de negociação e que representam 1,2 milhão funcionários públicos.
Na proposta, está previsto aumento no auxílio-alimentação, que passará de R$ 658 para R$ 1 mil, incremento no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90, e o aumento na do auxílio-saúde, de R$ 144,38 para “em torno de R$ 215”, segundo o MGI. Os benefícios majorados serão pagos a partir de maio de 2024, sem reajuste salarial.
O governo propõe correções de 4,5% em maio de 2025 e mais outros 4,5% em maio de 2026. A categoria recebeu 9% de aumento em maio de 2023.
— Estamos garantindo que todos servidores, aposentados ou na ativa, tenham reajustes que somados totalizam 18%, percentual acima da inflação projetada de 16% para o período 2023-2026, portanto é um aumento real de salário”, assinalou José Lopez Feijóo, secretário de Relações de Trabalho do MGI.
Fonte: GZH
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