Economia – Fiergs prevê crescimento de 4,7% no PIB do Rio Grande do Sul em 2024
As perspectivas foram apresentadas durante a divulgação do balanço de final de ano da entidade, nesta sexta-feira.
Após um ano difícil, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) desenha um cenário de incertezas para 2024, e um crescimento de 4,7% no PIB do Rio Grande do Sul para o próximo ano. As perspectivas foram apresentadas durante a divulgação do balanço de final de ano da entidade, nesta sexta-feira.
De acordo com os dados, houve surpresa positivas para a economia brasileira. A projeção de alta para o PIB neste ano, que era de 1% no final de 2022, deve se confirmar em 2,8%.
A atividade econômica foi impulsionada pela expansão expressiva da agropecuária, dos Serviços e da Indústria Extrativa. A Agropecuária repercutiu a safra recorde de grãos, enquanto os Serviços mostraram resiliência com o aumento da renda disponível por conta do impulso fiscal, da redução da inflação e de um mercado de trabalho ainda aquecido.
Mas na economia do Rio do Grande do Sul, as surpresas não foram positivas. A Indústria teve reflexos de uma conjuntura desfavorável que combinou juros altos e baixa confiança dos empresários. A produção industrial gaúcha registrou uma queda de 5,1% no acumulado do ano até setembro de 2023, contrastando com a estabilidade observada no Brasil como um todo.
O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ressaltou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul foi devido à agricultura, mas mostra preocupação com as questões climáticas para o ano que vem.
A expectativa é de um crescimento de 4,7% no PIB do Rio Grande do Sul em 2024, taxa que leva em conta uma forte elevação da Agropecuária (+37,1%), avanço na Indústria (+1,8%) e nos Serviços (+1,5%).
Mesmo com o desempenho expressivo esperado para o próximo ano, a alta resulta em um PIB apenas 1,8% acima do nível de 2021, o equivalente a crescer a uma média de 0,6% no período de três anos. No caso da Indústria gaúcha, fazendo a mesma comparação, o setor deve chegar ao final de 2024 ainda 1% abaixo do PIB industrial de 2021, o que equivale a cair em média 0,3% ao ano no triênio.
A taxa de desemprego recuou em 2023, mas a taxa de participação não recuperou o patamar anterior à pandemia. Nesse cenário, as expectativas para 2024 são de desaceleração no crescimento do PIB, com a economia brasileira avançando num ritmo de 1,5%, com desafios previstos em vários setores.
A agropecuária pode sofrer devido à projeção de queda na safra de grãos, o setor de Serviços será impactado pela desaceleração do mercado de trabalho, e a Indústria enfrentará desafios devido a juros ainda elevados e um cenário internacional adverso.
O economista-Chefe Giovani Baggio destacou a persistente queda na confiança dos empresários desde o ano passado, apontando que essa falta de confiança desencoraja os investimentos. Ele ressaltou que o investimento empresarial depende de condições financeiras favoráveis, como crédito e juros baixos, que não foram observados em 2023.
Além disso, mencionou que as expectativas dos empresários para os próximos seis meses sobre demanda, emprego, compra de matérias-primas e exportações se deterioraram, mostrando tendências negativas na pesquisa realizada até o dia 13 de novembro.
Fonte: Jornal Correio do Povo
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