Passo Fundo- Competição de Foguetes reúne mais de 200 estudantes na UPF
Equipe vencedora é de Santo Antônio do Palma e quebrou o recorde da Competição, atingindo uma distância de 287 metros
O quanto é possível aprender com um foguete simples, construído a partir de uma garrafa PET? A resposta é: muito! E foi esse o desafio de mais de 200 estudantes de escolas públicas de Passo Fundo e região durante a sexta edição da Competição de Foguetes. Promovida pelo curso de Física da Universidade de Passo Fundo (UPF), a iniciativa visa incentivar a pesquisa, a investigação e a elaboração de um protótipo de foguete usando ferramentas e materiais simples e de fácil acesso. A grande final, com o lançamento dos foguetes, foi realizada na tarde dessa quinta-feira, 15 de setembro, no Centro de Eventos da Universidade.
Para construir o protótipo, os estudantes foram orientados pelos professores da própria escola, que receberam uma formação promovida pelo curso de Física, ressaltando a abordagem multidisciplinar do projeto. “Para você entender um lançamento de um foguete, você tem que saber vários conceitos de Física, mas também de Química, de Matemática, os aspectos históricos, como a corrida espacial, por exemplo. Então, são diversos conceitos, dentro de diferentes disciplinas”, explica o coordenador da Competição, professor Dr. Alisson Giacomelli. Todos os foguetes foram construídos a partir de materiais de fácil acesso e baixo custo, como garrafas PET e canos de PVC. Já os combustíveis utilizados nos lançamentos foram água e ar comprimido.
Recordes quebrados
Em sua maior edição desde que foi criada, a Competição reuniu 17 escolas que, desde junho, vêm se preparando para a grande final. Participaram da final, as três melhores equipes de cada escola. E em uma atuação que encheu o professor de orgulho, a Escola Estadual de Ensino Médio Padre Aneto Bogni, de Santo Antônio do Palma, conquistou os três primeiros lugares na competição. A equipe vencedora, Astronautas de Mármore, quebrou, inclusive, o recorde da Competição, com seu foguete chegando a 287 metros.
“Eles trabalharam, se dedicaram, e fizeram algo que sai do ensino tradicional, ter a oportunidade de fazer essa integração em uma universidade do tamanho da UPF é ótimo”, destacou o professor de Física e Matemática da escola Lucas Santin Bianchin. Para ele, a Competição faz com que os estudantes saiam de rotina da sala de aula e experimentem. “Colocar a mão na massa é quando você aprende realmente. A prática aliada à teoria é o fundamental para eles terem um aprendizado significativo”, completa.
Membro da equipe vencedora, o estudante do 3º ano do Ensino Médico Carlos Bordignon avaliou bem a primeira participação da Escola na Competição. “Acredito que fomos muito bem. A torcida da minha escola foi o que me motivou e o que nos ajudou a chegar nessa meta de 287 metros alcançada hoje. Não temos como ganhar sozinhos, a equipe é fundamental para esse trabalho e mostramos isso hoje”, conclui.
Fotos: Camila Guedes e Tainá Binelo
Assessoria de Imprensa