Threads, rede social rival do Twitter, supera 10 milhões de usuários no lançamento
Nova plataforma tem grande interação com o Instagram
Dez milhões de pessoas se registraram no Threads, a nova rede social da Meta para rivalizar com o Twitter, apenas sete horas após o lançamento, anunciou nesta quinta-feira o CEO da empresa matriz do Facebook, Mark Zuckerberg.
Threads, que entrou em operação na quarta-feira às 20h (horário de Brasília) em 100 países e que funciona no momento sem anúncios publicitários, é a maior ameaça até o momento contra o Twitter, que pertence a Elon Musk. “Vamos lá. Bem-vindos ao Threads”, escreveu Zuckerberg, em sua conta na nova plataforma. Pouco depois, ele anunciou que “10 milhões de pessoas se inscreveram em sete horas”.
O CEO da Meta respondeu as dúvidas de várias pessoas nas primeiras horas de funcionamento da plataforma, que teve o lançamento antecipado de quinta-feira para quarta-feira. “Uma coisa importante é o número de lutadores campeões mundiais de MMA (sigla em inglês para Artes Marciais Mistas) no Threads”, escreveu o lutado americano Jon Jones.
Em sua primeira mensagem no Twitter em mais de uma década, Zuckerberg postou o meme do Homem-Aranha apontando outro Homem-Aranha, em uma aparente referência às semelhanças entre as duas redes sociais.
No Threads, ele escreveu: “Vai levar algum tempo, mas acho que deveria haver um aplicativo de conversas públicas com mais de 1 bilhão de pessoas. O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas não conseguiu. Espero que nós consigamos”.
Na App Store, a plataforma aparece descrita como “o aplicativo de rede social baseado em texto do Instagram”, uma apresentação que, adicionada às imagens, parece semelhante ao Twitter. “Esperamos que [o Threads] possa ser uma plataforma aberta e acolhedora para o debate”, escreveu o CEO do Instagram, Adam Mosseri. “Se isso é o que você também quer, o melhor é ser amável”.
“Threads é onde as comunidades se juntam para discutir tudo, desde os temas que nos preocupam hoje aos que serão tendência amanhã”, diz a descrição do aplicativo. O lançamento do Threads acontece apenas quatro meses depois que vazaram os primeiros rumores sobre o projeto. “Estamos pensando em uma rede social independente e descentralizada para compartilhar mensagens de texto em tempo real”, afirmou o grupo em um comunicado enviado à AFP na terça-feira.
Um eventual revés para o Twitter
A Meta não fez uma comunicação formal sobre o lançamento da plataforma, que acontece poucos dias depois de uma nova polêmica relacionada ao Twitter. No sábado, o principal acionista da rede do pássaro azul, Elon Musk, anunciou a imposição de um limite na quantidade de visualizações acessíveis aos usuários que não caiu nada bem entre tuiteiros, desenvolvedores e anunciantes.
A decisão faz parte de uma série de mudanças que o magnata tem implementado na plataforma e que foram mal recebidas, como as novas regras para perfis verificados mediante assinatura e a demissão de quase todo o pessoal dedicado à moderação de conteúdo.
Além disso, na segunda-feira, o Twitter anunciou que a extensão TweetDeck, bastante popular entre usuários mais assíduos e empresas, apenas seria acessível através do plano de assinatura. Por ora, a Meta optou por não oferecer o Threads aos residentes da União Europeia, até que se esclareçam as implicações para a empresa e seus produtos com base no novo Regulamento de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês), que entrou em vigor no início de maio, segundo uma fonte familiarizada com o tema.
O DMA busca impor regras específicas para as empresas essenciais de internet, sobretudo a Meta, para evitar práticas anticompetitivas. Não obstante, o grupo de Menlo Park (Califórnia) pretende, no longo prazo, lançar o Threads na União Europeia, em uma data ainda por definir, indicou uma fonte próxima do tema.
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