Saúde E Bem Estar – Hematologista explica passo a passo para ser um doador de medula óssea


Promovida pelo Ministério da Saúde, Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea conscientiza sobre o tema

O Ministério da Saúde promove, de 14 a 21 de dezembro, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A iniciativa foi instituída por meio de um projeto de lei, ainda em 2009, e estimula que neste período sejam desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea e à captação de doadores. Para o médico hematologista, Dr. William Scheffer Chaves, o assunto é de suma importância, já que o Brasil possui desde 1993 o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), atualmente o terceiro maior banco de dados do mundo.

Segundo Chaves, a medula óssea é encontrada no interior dos ossos e contém as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela produção de componentes do sangue, incluindo as hemácias (ou glóbulos vermelhos), os leucócitos (ou glóbulos brancos) que constituem parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue.

Devido à sua extrema importância no organismo, a medula óssea é peça chave para o tratamento de diversos tipos de doenças, como leucemia, anemias, síndromes, imunodeficiência celular primária, entre outras . De acordo com o médico hematologista, Dr. William Scheffer Chaves, a população necessita entender cada vez mais dos processos e da importância da doação de medula óssea.

“A doação de medula óssea é um ato de humanidade, da mesma maneira que ser doador de sangue. Apesar de serem processos diferentes, sendo a doação de medula óssea um processo mais técnico e que demanda mais do doador, ela pode ser a única terapia para salvar a vida de uma pessoa”, reforça. 

Entenda o processo de doação de medula óssea

Segundo o hematologista, existem duas maneiras de obter as células-tronco hematopoéticas, usadas no tratamento da leucemia, por exemplo. Na coleta de medula óssea, o procedimento ocorre em centro cirúrgico, sob anestesia em apenas uma região do corpo ou geral, e requer internação de 24 horas.  As células são coletadas através de punções na região pélvica posterior (osso do quadril) em que o procedimento dura cerca de 90 minutos.

Na doação por aférese, as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento que dura cerca de 3 a 4 horas. Neste caso, o doador deverá receber uma medicação por cinco dias para estimular as células-tronco.

Chaves também explica que o médico hematologista é o profissional com formação para realizar transplante de medula óssea. “Entendemos que o transplante de medula óssea é um tratamento efetivo para doenças que não teriam outra maneira de cura, a não ser esta terapia. Muito evoluiu desde os primeiros transplantes realizados e a cada ano surgem novidades e melhores tratamentos de suporte para a realização do transplante”, complementa o especialista.

Daniel Rohrig – Assessor de Comunicação