Rede Gaúcha do Varejo CR Diementz que já teve mais de 80 lojas entra em recuperação judicial


Com dívida de R$ 35,5 milhões, empresa já estava sem receber algumas mercadorias

Rede gaúcha de varejo com foco em móveis e eletroeletrônicos, a CR Diementz entrou em recuperação judicial. O pedido feito pela empresa já foi autorizado pela Justiça. O endividamento é de R$ 35,5 milhões, com fornecedores, trabalhadores e aluguéis das lojas. 

No pedido, a empresa alegou que a crise financeira foi provocada pela pandemia, que reduziu o fluxo de clientes enquanto custos fixos se mantiveram, como com trabalhadores e impostos. Também ressaltou que, embora “nunca passaram por dificuldades para honrar seus compromissos”, recentemente, o passivo elevado com fornecedores fez com que algumas mercadorias não fossem entregues. 

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“Referido passivo implicou no não recebimento de mercadorias para proceder com suas respectivas vendas. Sem a posse dos produtos para comercialização, o faturamento da autora acaba por enfrentar uma brusca queda e cria-se um efeito ‘bola de neve’“, diz trecho do pedido de recuperação judicial.

O advogado que representa a empresa no processo, Cesar Carrera, disse, por meio de nota, que a ideia é dar continuidade às atividades enquanto faz a reestruturação do negócio.

Inicialmente, foi também pedida recuperação judicial para a Comércio de Salvados Portão, da qual é dona. A Justiça, porém, entendeu que somente a CR Diementz apresentou as dificuldades financeiras, indeferindo o outro pedido.

“…em que pese se trate de empresa consolidada no mercado há mais de 20 (vinte) anos – muito superior ao tempo médio de vida das empresas em território nacional – a crise se instaurou no mercado, fazendo com que a autora enfrentasse dificuldades para adimplir com seu passivo”, traz outro trecho do pedido protocolado. 

Fundada em 2000, A CR Diementz tem hoje 42 lojas e 305 funcionários diretos, além de outros 80 indiretos. No passado, chegou a ter mais de 80 filiais com mais de 600 trabalhadores, mas, nos últimos anos, fechou as “não lucrativas”. 

A recuperação judicial é um mecanismo para dar um fôlego à empresa para evitar a quebra. Ela substituiu a antiga concordata. Quando ela é autorizada pela Justiça, ações de cobrança, por exemplo, são suspensas, assim como serviços essenciais à operação da empresa não podem ter o fornecimento interrompido, como energia elétrica. A empresa tem um prazo para apresentar um plano de reestruturação financeira para ser votado pelos credores.

Nota do advogado Cesar Carrera, representante da CR Diementz

“Em decorrência da crise financeira instaurada no mercado do varejo, a empresa, de modo estratégico, entendeu pela distribuição de seu pedido de recuperação judicial, com a apresentação de um plano de recuperação judicial que será estruturado para cumprir com suas obrigações, na forma da Legislação específica, visando sua reestruturação.

A empresa já teve mais de 80 filiais distribuídas pelo estado, tendo gerado mais de 600 empregos ativos. A pretensão de continuidade das atividades é essencial para os trabalhadores, consumidores e para a economia local”.

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