Economia – Dólar tem forte queda e fecha a R$ 4,80 após decisão do Fed e de S&P sobre rating do Brasil; Ibovespa encerra no maior patamar desde outubro


Os números da política macro – economicos, a cada dia apresentam sinais positivos, mas o presidente do Banco Central, está atuando de forma “independente”. Os brasileiros precisam se unir em torno de uma economia forte e sólida e para isso as taxas de juros precisam baixar urgentemente.

Antes mesmo de vir a público o relatório da agência de risco S&P alterando de estável para positiva a perspectiva do rating do Brasil pela primeira vez desde 2019, já havia um clima de euforia no governo federal com a melhora no cenário macroeconômico, que se descolou das dificuldades do governo na articulação política.

Essa euforia se traveste, nas conversas com integrantes do governo, mas também com economistas, empresários e até setores do mercado financeiro, num coro de “agora vai” em relação ao Banco Central. Não que alguém mais bem informado conte com uma redução da Selic já na semana que vem, mas a expectativa é por um comunicado que reflita essas boas notícias e indique o início do ciclo de queda dos juros a partir de agosto.

Mas não há certeza quanto a isso, o que faz com que a empolgação com dados como altas sucessivas da projeção do PIB e quedas também semana a semana da expectativa para a inflação seja mesclada com certo nervosismo. Isso porque muitos agentes enxergam certa ambiguidade na diretoria do BC.

Enquanto o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, deu declarações favoráveis à ação da equipe econômica para demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal e reconheceu que os indicadores são positivos, outros diretores, num movimento considerado inusual, deram declarações mais pessimistas e que parecem apontar para uma posição contrária ao início da queda da Selic, mesmo em agosto.

Caso se frustre a torcida geral para que o BC finalmente faça um comunicado otimista e apontando o fim próximo do ciclo da manutenção da Selic no patamar de 13,75%, a aposta é que vai voltar a ganhar força a campanha contra Roberto Campos Neto por parte da ala política do governo, desta vez sem que Fernando Haddad se mostre disposto a atuar como anteparo.

Em paralelo à bolsa de apostas quanto ao que o Copom vai decidir e sinalizar na semana que vem, existe entre diferentes analistas uma disputa de narrativa quanto a quem seria o principal responsável pela mudança da maré do cenário econômico, que saiu de um pessimismo na largada do governo Lula para uma fase de otimismo — traduzido nesta quarta-feira em indicadores como a alta do Ibovespa e a queda do dólar.

Os apoiadores de Campos Neto na política e no mercado apontam a “resiliência” do presidente do BC em manter a diretriz de que o foco era controlar a inflação mesmo nos momentos de mais forte pressão política do PT como responsável pela queda dos preços no curto e médio prazos. Um coro de “Campos Neto estava certo” é ouvido tanto nas bancadas que votaram a favor da autonomia do BC quanto entre economistas liberais e expoentes do mercado financeiro.

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