Passo Fundo UPF- projeto de extensão Educação Inclusiva Equoterapeutica


O processo de aprendizagem de cada pessoa é distinto

Alguns entendem melhor um tópico ao ler sobre ele, outros a partir da prática de exercícios, alguns até mesmo assistindo a vídeos ou ouvindo podcasts. Para os participantes atendidos pelo projeto de extensão Educação Inclusiva Equoterapeutica, vinculado ao Instituto de Saúde da Universidade de Passo Fundo (IS/UPF), esse trabalho conta com ajudantes muito especiais: cavalos. Depois de um período de recesso, as atividades retornaram nesta segunda-feira, 22 de agosto, com muitas novidades.

Neste semestre, o projeto contará com novos extensionistas e pacientes. Por lá, crianças, jovens ou adultos com transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, traumatismo neurológico, hidrocefalia, síndromes de rett e west, distúrbios neuromotores e osteomusculares, buscam se desenvolver ainda melhor. Atendidos por estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Psicologia e Medicina Veterinária, sob orientação do coordenador professor Dr. Paulo Cezar Mello, a comunidade recebe um acompanhamento multidisciplinar. 

As sessões de equoterapia são realizadas nas segundas e quartas-feiras, na Fazenda da Brigada Militar. Para Mello, esse é um momento de potencializar o ensino e aproximar os estudantes da comunidade. “Os universitários dos diversos cursos que o integram se sentem muito gratos por aprenderem, por poderem se doar e aprender a perceber o outro e as suas diferenças de uma forma ainda melhor. O contato estudante-paciente é muito importante para ambos, por poder colocar em prática o que se aprende dentro de sala de aula e, também, ajudar a melhorar a saúde de quem precisa”, pontua. 

Superação diária 

Com mais de 20 anos de atuação, o projeto já mudou a vida de muitas pessoas. O Marcelo Reinehr é uma destas. Participando há 4 anos das atividades, ele adora o momento de interação e vê diferenças no seu desenvolvimento. “Para mim, isso é muito bom. Me ajuda a melhorar a motricidade, algo que tenho muita dificuldade. Adoro estar com os cavalos!”, comenta o jovem.

Acompanhando o filho durante todas as sessões, a mãe Maria Juliana Reinehr comenta que o avanço no desenvolvimento de Marcelo é gigante. “É nítido. Noto principalmente na questão da mobilidade, a qual foi fortalecida. Isso o ajuda a se superar todos os dias”, ressalta. 

Aprendendo na prática

Assim como os praticantes de equoterapia, os acadêmicos e professores ligados ao projeto de extensão também aprendem diariamente. Há 3 anos, a Suellin Rodrigues, hoje estudante do 8º nível de Fonoaudiologia, começou a participar do grupo e desde lá, nota a diferença na sua formação pessoal e profissional graças à atividade. “Ele nos prepara para trabalhar em diversos campos e com diversos tipos de pacientes. Nos faz estudar ainda mais e pensar fora da caixa. É ótimo ver o crescimento de todos eles!”, pontua a universitária. 

Com exercícios que envolvem estimulação da face, da mobilidade de língua, fortalecimento da musculatura do rosto e muitos outros, a estudante coloca em prática o conhecimento adquirido em sala de aula e contribui para o bem-estar de todos. “Cada um evolui da sua forma e é muito gratificante fazer parte disso. Com as nossas atividades, eles vão se descobrindo e melhorando cada vez mais, isso é fantástico”, conclui Suellin. 

O projeto de extensão

A partir da parceria entre Associação de Pais e Amigos das Crianças Autistas (APACA), Escola Municipal de Autistas Olga Caetano Dias, Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) e 3º RPMon Brigada Militar, o projeto de extensão possibilita a capacitação terapêutica e pedagógica das pessoas com deficiência atendidas no projeto. Conheça mais sobre as atividades no perfil do Instagram @equoterapiaupf ou entre em contato pelo e-mail equoterapia@upf.br.

Fotos: Tainá Binelo/Assessoria de Imprensa UPF

Assessoria de Imprensa
Universidade de Passo Fundo